quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Atualização do dicionário da menina.

Palavras novas...Embora já não conseguimos mais acompanhar tudo...porque cada dia é uma novidade...Mais interessante que as palavras que ela fala é o fato de ela compreender tudo que falamos, identificar os objetos, móveis, brinquedos da casa e sacar tudo ao seu redor e saber se expressar já começando a formular pequenas frases.

Iaia - O nominho dela....ownnnn
Carnia - Carne e ela anda uma oncinha;
Teti - Tomate (ama);
Tela- Estrela;
Boila - Bola;
Ção - Coração;
Boilla - Borboleta
Boulo - Bolo
Ete - Leite
Minina - Menina
Minino - Menino
Nenem - Bebê
Nininha - Joaninha
Papato - Sapato
Mão - Mão
Beça - Cabeça
Belo - Cabelo
Aiu - Caiu
Cer - Descer
Bi - Subir
Carrrrro - Carro
Pipiu - Passarinho
Có - Galinha pintadinha
Tata - Patati Patata
Pala - Para
Corro - Tia Socorro
Queche - Creche
Pão - Pão
Coi - Biscoito
Bixu - Bicho
Cá - Vem cá
Baçu - Braço
Save - Chave
Pota - Porta
Quentii - Quente se estiver quente, mas pode ser frio tbm.
Cici - Xixi
Ta - Sentar

E outras tantas palavras que devo ter me esquecido...mas vou completando aqui pra ela saber como foi desenvolvendo seu vocabulário.



O que já tinha ha 2 meses:

Mãe - Mãe, pai ou tia em momentos normais;
Mãeeeee - Mãe em momentos de dengos;
Mamãeeeee - Mãe em momentos de desespero;
Pai - Pai
Ti Teta - Tia Peta;
Au au - Cachorro e outros animais;
Pé - O seu querido pé que lhe aguenta o dia inteiro;
Água - Olhando pra geladeira pode ser água mesmo ou leite..;
Água - Olhando pro peito é Leite da mamãe;
Atina - Gelatina;
Fiuei - Nome do cachorro da tia;
Ago - Tio Thiago;
Cabô - Acabou;
Miu - Sumiu;
Pegô - Denunciando o tio que pegou a sacola...rs..;
Tinho -  Pintinho;
Caco - Macaco;
Papá - Comida;
Ua - Olhando pro céu é lua;
Ua - Com os braços levantados e rindo é rua;
Bain - Banho;
Cocô - Cocô;
Fum - Fedor;
Mio - Milho;
Cuco - Suco;
Pei - Peito;
Bubum -  A bundinha mais linda do mundo;
Pel - Papel;
Dei - Cadeira;
Bele bele bele -  Qualquer coisa;
Sxai - É sai mesmo;
Ixcença - Licença;
Molxa - Bolsa;


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A pirraça...ah a pirraça!



Eis que ela chegou. Tenho observado que ela venho junto com a creche, a sereia já tinha dado alguns pitis eventuais, mas depois da creche virou um hábito. Entendi perfeitamente que no turbilhão dos acontecimentos na sua vidinha (creche, horário de verão, mãe escrevendo artigo, reforma em casa, pai escrevendo monografia) ela descobriu uma forma de nos envolver e chamar a atenção. 

Putz, mas com pirraça? Sim e das descaradas. Ela bota a mão no rosto e chora de mentirinha.

Temos feito a opção de corrigir com muita conversa. E sim, ela entende tudo que falamos. Mas as vezes parece tudo dar errado. Descaradamente ele compreendeu que birras irritam e resolvem logo...rs.

Em casa se jogou no chão da cozinha. Falei que não conversava com menina jogada no chão e chorando...fui pra sala e lá ela permaneceu por uns 5 longos minutos chorando de tempos em tempos com pausas para ver se alguém vinha lhe dar atenção, quando percebeu que era inútil foi pra sala e se socializou como se nada tivesse acontecido.

Dia desses fomos ao supermercado, só nós duas, peguei um carrinho com bebê conforto e lá fomos nós comprando tudo pois não tinha nada em casa. No segundo corredor ela se enjuriou e pediu colo...consegui enrolar e dei um biscoito. Pediu colo, dei um brinquedo. Pediu colo, expliquei que não conseguia fazer tudo ao mesmo tempo. Pediu colo e começou a chorar com a mão no rosto, expliquei e continuei. Quando vi que éramos a atração do supermercado, resolvi atender o pedido de colo que veio junto com um outro..."pei mamãe". Ai que foi engraçado. Empurrando carrinho com a menina no colo e mamando. Por sorte no caixa um senhor que estava logo depois de nós na fila me ajudou colocando minha compra no caixa.

Ah, me lembrei...agora também tem a mania de jogar coisas no chão. Puxa vida....que raiva agonia que dá. Celular da mãe e do pai, controle remoto, telefone de casa, sapato, brinquedos e tudo mais que estiver no alcance...só com muito mantra.

Essa semana vi um post de um amigo sobre a cena de seu filho no supermercado e sobre os olhares reprovadores dos demais presentes, mas mais engraçado foi sua mãe que veio logo em seguida e postou: você fazia EXATAMENTE a mesma coisa.

É isso. Todos já fizemos pirraça, ela é feia mas é normal.

Mas que é horrível se sentir a menas main com os olhares reprovadores, ah isso é. Todo mundo é o melhor educador do mundo até se deparar com uma pirraça bem feita. E quem vê não acredita que aquele anjinho é capaz de tamanha dissimulação.

Um pedido encarecido que faço aos que veem uma mãe ou um pai ignorando a pirraça do filho ou só conversando baixinho enquanto o filho berra....faça de conta que não está vendo nada ...pois seu olhar é muito irritante e não ajuda em nada.

Aqui vamos optando por conversar e dizer não quando necessário. Mas sim....eu sei que dias mais estranhos virão...rs. Resta entoar o mantra: "é uma fase e vai passar, é uma fase e vai passar....é uma fase e vai passar....".

Aqui por exemplo ela não queria ficar sentada...rs.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

E Iara foi pra creche.

Primeiro dia de creche

Nós tivemos uma conversa bem tranquila na nossa casa e resolvemos que Iara ficaria em casa aos cuidados de nossa tia por alguns motivos bem nossos.

- Achávamos ela ainda muito pequetita para ir pra creche (11meses);
- Nenhuma creche teria um horário compatível com nossos horários em periodo de campanha eleitoral;
- Sim, somos chatos e queríamos que ela tivesse TODA atenção pra ela.

Mas sabíamos também que seria com tempo estabelecido, pois minha tia iria voltar pra MG e ai Iara iria pra creche.

Esse momento chegou e embora eu já tivesse visitado milhares de creches, deu aquela confusão mental outra vez e saí à caça novamente. Visita aqui, visita ali...e ainda tinha o fato de ser meio de outubro e não haver vagas dando sopa por ai.

Primeira dúvida: creche perto de casa pra evitar o caos do trânsito ou creche perto do trabalho para facilitar em caso de necessidade. 

O preço para as duas possibilidades era bem próximo e então consideramos ficar mais perto dela o dia todo. Mesmo que as creches da Serra possuam mais espaço físico. Espaço fisico aliás que me fez desesti de uma possibilidade aqui bem pertinho do trabalho, o lugar não tinha um metrinho quadrado de terra...só cimento....achei uó. Registre-se que creche é um negócio caro pra caramba.

Pra falar bem a verdade não existe uma creche que eu deixaria Iara e falaria: Nossa, minha filha fica num lugar super bacana. Não na Grande Vitória.

Optamos então pela Renascer, fica em Jardim da Penha e é agradável. Equipe super simpática e atenciosas.

Brincando no parquinho
No primeiro dia passei o dia na escola. Na parte da manhã fiquei em sala com ela pra que ela conhecesse as cuidadoras, os amiguinhos, o espaço...tudo....a tarde fiquei da recepção, espiando de vez em vez. Sofri e percebi que estando ali eu mais atrapalhei do que ajudei...rs...pq eu ia espiar, ela me via...ai chorava....rsrsrsrs....Ainda bem que as "tias" sabem que a adaptação é um processo com a criança e com as mães também...rs.
Balançando pra distrair


No dia  seguinte eu resolvi deixar ela lá e ir pro trabalho. Liguei 3 vezes pra saber como estavam as coisas e as notícias sempre foram muito tranquilas. Segundo as tias ela chora quando é retirada do banho e isso ela faz em casa também. Fica mais manhosa quando os amiguinhos começam a ir embora e adora um colo. Nenhuma novidade.


Em geral ela tem passado bem os dias, eu é que não vou mentir preciso dizer que tenho sofrido...rs...se tem uma coisa que me incomoda feio é deixar ela chorar....e ainda são inevitáveis os choros quando saio da escola. Ela já evoluiu e quando chegamos ela toma a iniciativa de ir para o colo da tia, mas quando percebe que eu vou sair e ela vai ficar, ai já era....choro certo.

Logo no primeiro dia ela se apegou a uma das tias, chora quando ela está vestindo as outras crianças após o banho e gosta de ficar com ela, no colo dela, fazer coisas com ela...enfim...ruim porque o dia que essa tia não estiver ela vai sentir falta, mas por outro lado sei que Iara está tranquila com ela. Outra coisa interessante foi o apego a tartaruga. Ela chega e pega a tartaruguinha e passa o dia todo cuidando dela...bonitinho...primeiro apego inanimado dela.

Todo mundo na creche já viu ela dançar pintinho amarelinho...adora dançar e faz a coreografia bem bonitinha do jeito dela...rs...e eu babo, óbvio. É uma menina simpática.

O abacaxi de Iara
Semana passada aconteceu a semana da nutrição na escola e casa turma produziu alguma coisa. A turminha dela conheceu frutas, comeu saladinhas de frutas e pintou alguns desenhos. Ela pintou um abacaxi.

Seu primeiro trabalhinho escolar. Obviamente ganhará um lugar de destaque na nossa casa....rs.

Mas nossos dias estão cansativos, essa correria de sair de casa carregando um monte de coisa, pegar um ônibus, descer na creche e deixar a menininha, sair e ir para o trabalho. Sair do trabalho e descer na creche, pegar menininha e ir pra casa...e tudo isso de ônibus é cansativo demaaaais. O papai tem ído na saída da creche quase todo dia, pra evitar que ela fique na saída dos amiguinhos....e também pra me esperar porque o transito em Vitória está cada dia pior. Essa correria toda tem nos deixado bastante cansados e nos fez mudar de idéia com relação a ter um carango, já estou me movendo pra resolver isso.

A entrada dela na creche foi uma coincidência com uma monte de confusões...rs...entrada do horário de verão, a mãe escrevendo um artigo na correria, uma reforma em casa...tudo conspirando para que a pequena ficasse "revoltada". Com essa revolta ela descobriu uma nova habilidade, que mata qualquer mãe do coração, a de fazer pirraça...mas isso é assunto pra outro post.

Tenho encontrado alguns desafios pelas ruas e isso só me mostra que ser mulher não é nada fácil e que tem gente que não se aguenta e se mete na vida alheia...sim eu "ainda" amamento minha filha e isso não diz respeito a mais ninguém alé de nós. Sem contar a falta de educação nos ônibus, mas ainda bem que sou delicada e exijo logo meus direitos...dia desses tive que botar uma mocinha pra acordar e me ceder o lugar...humpf....cansativo demais.
Quando chego para pegá-la na creche ela solta um mamãe tão gostoso, cheio de carinho e saudade que me derrete...ai logo em seguida vem um pedido "mãe pei, pei, pei, pei" e ai é hora do mamazinho. 

Iara ta se adaptando bem e nós estamos nos acostumando com a idéia também.

Carinho na mãe na hora da saída.
Carinha de feliz com a chegada da mamãe



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O biiii.

Ontem Iara chegou na sala, onde estávamos o papai e eu e disse afobada:


Iara: Mãaaaae...bi.
Eu: O que filha?
Iara: Biiii mãe, biiii.
Eu: O que é bi, Iara?
Iara (com cara de "poxa mãe, se vc não ta entendendo então vai ver"): Biiiiii mõe!


Ok....fui ver...chegando na cozinha um bezouro estava se debatendo na porta.


Ownnnn que linda...ela chamou pra ver...(que bom que chamou e não comeu, né?).

Ai papai foi levar o bichinho para retomar seu voo....lançou o bicho dizendo: tchau bichinho...quando se escuta um tof!...o bicho foi carinhosamente lançado do alto do segundo andar...rs.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dicionário de uma pequena menina linda.

Cara porca

Nossa sereinha está desenvolvendo sua fala, a cada dia que chegamos em casa tem mais umas coisinhas novas que ela aprendeu. Vou registrando para não perder essas palavrinhas lindas de uma aprendiz da vida.

Mãe - Mãe, pai ou tia em momentos normais;
Mãeeeee - Mãe em momentos de dengos;
Mamãeeeee - Mãe em momentos de desespero;
Pai - Pai
Ti Teta - Tia Peta;
Au au - Cachorro e outros animais;
Pé - O seu querido pé que lhe aguenta o dia inteiro;
Água - Olhando pra geladeira pode ser água mesmo ou leite..;
Água - Olhando pro peito é Leite da mamãe;
Atina - Gelatina;
Fiuei - Nome do cachorro da tia;
Ago - Tio Thiago;
Cabô - Acabou;
Miu - Sumiu;
Pegô - Denunciando o tio que pegou a sacola...rs..;
Tinho -  Pintinho;
Caco - Macaco;
Papá - Comida;
Ua - Olhando pro céu é lua;
Ua - Com os braços levantados e rindo é rua;
Bain - Banho;
Cocô - Cocô;
Fum - Fedor;
Mio - Milho;
Cuco - Suco;
Pei - Peito;
Bubum -  A bundinha mais linda do mundo;
Pel - Papel;
Dei - Cadeira;
Bele bele bele -  Qualquer coisa;
Sxai - É sai mesmo;
Ixcença - Licença;
Molxa - Bolsa;


E essa lista só aumentará....embora ela fale poucas palavras...ela entende TUDO...tudo o que se pede e indica ela faz....e ela desembola seu linguajar próprio...cheio de gargalhadas e ai ai ais...rs....


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Minha mãe, a Iara e eu!


Hoje, dia 14 de setembro de 2012, faz 4 anos que minha mãe nos deixou e só bem recente que eu pude, num curso de aleitamento, destravar meus nós e desencavar o meu luto.

Minha mãe sofreu uma perda enorme, assim como todos da família e aqueles que amavam meu pai. Meu pai nos foi tirado pela violência desse mundo desmedido e isso foi uma facada no coração de minha mãe, no nosso também claro, mas imagino que perder o companheiro não seja fácil, só posso falar da perda de um super pai que saiu pra trabalhar e não voltou mais. Quase 3 anos depois minha mãe, que ficou muito deprimida, teve complicações no coração e morreu. Ela morreu de amor.

Precisei de um tempo para me reposicionar no mundo e por isso fui morar em Salvador, isso que pra cabeça de muita gente foi uma loucura (afinal, larguei tudo por aqui) foi a possibilidade de me reencontrar no bolo doido dessas perdas.

Voltei quando deu o tempo de voltar e logo depois me descobri grávida. Lembro-me como se fosse hoje que logo após ver o resultado do teste de farmácia, Thiago me perguntou o que eu achava? Imediatamente respondi: Vou precisar de ajuda, eu não tenho mãe. Que me desculpem minha sogra, cunhadas, tias, mas nessa hora a gente quer mesmo são os conselhos de mãe, mesmo que seja para rejeitá-los.

Já falei aqui inumeras vezes das minhas complicações na amamentação de Iara, o que eu ainda não tinha relacionado era essa história com a perda da minha mãe. Minha mãe sempre me cobrou a vinda de um/a neto/a e nada da gente providenciar. Nos dias em que esteve internada ela me disse que estava pronta pra viver e que ainda tinha muito o que fazer, inclusive ajudar a cuidar dos netos.

Então logo que engravidei, isso me veio a cabeça. Eu não teria minha mãe para me ajudar a cuidar do meu bebê. Durante toda gravidez pensei nisso...minha mãe não estaria comigo.

Dois fatos são muito importantes para compreender o que isso tudo tem a ver com minha história de amamentação.

1- Minha mãe sempre me contou a história da nossa amamentação. Eu não aceitei o peito de forma alguma, minha mãe contava que por tempos retirou o leite com bombinha e me deu na chuquinha. Semelhança ou bloqueio psicológico meu, Iara fez exatamente a mesma coisa. Mas ai eu tive condição de insistir, informação para persistir e resolver a questão.

2 - Minha mãe trabalhava na sala de coleta da UTIN. O trabalho dela era ensinar as mães de bebês prematuros como fazer a ordenha de leite para dar aos pequeninos, ensinava e ajudava com massagens no engurjitamento (endurecimento da mama na descida do leite), ensinava armazenar o leite e fazia isso tudo com muito carinho e amor. Lembro-me dela pedindo ajuda para escrever um projeto de uma campanha com as mães para incentivar o aleitamento.

Isso posto, retomo uma história do meu encontro com Dra Samu, a coordenadora do banco de leite do hospital onde minha mãe trabalhava.

Era o nosso primeiro encontro e já se passavam 34 dias do nascimento de Iara. Ela foi sugerindo técnicas, posições, massagens, coleta e tudo o que ela falava eu retrucava com um "já fiz isso", lá pelas tantas desabei a chorar. Ela só colocou a mão no ombro e me deixou chorar. Ela suavemente me disse: "talvez faltasse isso". 

E de fato, a sábia dra Samu acertou em cheio, eu precisava mesmo era chorar, precisava destravar meu medo de falhar e de fracassar como mãe. Eu parei no fato de que eu tinha feito aquilo com minha mãe e Iara estava fazendo comigo e que minha mãe capacitada para me ajudar não estava mais ali. O luto da minha mãe não estava vivido em mim e o fato de me tornar mãe estava me deixando bloqueada.

Compreender isso, ainda que tardiamente, é importante porque tenho tranquilidade para dizer a ela (mesmo que no coração) mãe você não fracassou comigo e eu lutei e estou fazendo direitinho (como voce ensinava) com Iara.

Ao longo da vida a gente vai entendendo coisas, relacionando fatos e superando perdas. A saudade, ah essa é eterna, enquanto existir sentirei falta dos meus pais, mas eu tenho a máxima certeza que eles estariam muito orgulhosos da família que construí, da filha encantadora que tenho e sem dúvida, da mãe que me tornei e me torno a cada dia.

Longe de mim em querer ser uma mãe perfeita, não é esse meu propósito, mas eu dou o melhor de mim pra que Iara tenha em nossa casa a condição de ser uma pessoa com valores solidários e humanos. Contarei pra Iara o exemplo que tive e as pessoas maravilhoras que vovô e vovó estrelinha eram em vida.


Então mãe, muito obrigada por ter me feito assim.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O vovô Tácio virou uma linda estrelinha.



O vovô  escreveu antes mesmo de eu nascer.....

"Iara meu amor, você é minha décima primeira neta.
Puxa como estou ansioso para pegar você no meu colo, te abraçar e....e...e...e nem posso imaginar.
Você sabia que agora você será a rainha porque é a pequenininha, nossa princesa.
Vê se sai logo desse paraíso em que vive na barriguinha de sua mãe, porque todos nós queremos te abraçar.
Te amo MUITO minha netinha."
Vovô Duda - 26/03/2011


Lindo demais...cuidaremos de te contar como ele te paparicou e o coração bom que mostrou que é possível ter. Ele te chamava de "minha moleca safada".

A primeira vez que vovô me viu


A última vez que mamãe fotografou nossa brincadeira.
  

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Iara serelepe


Nós duas na marcha pela humanização do parto - ES


Nossa sereia segue muito esperta, graciosa e serelepe. Já se tornou uma veterana em marchas, foi a marcha das vadias, marcha do parto em casa e agora na marcha pela humanização do parto, ta faltando uma....ano que vem levarei - a...rs.

Amei essa foto do megafone e um dia ela vai poder usar e dizer que desde cedo estava engajada em lutas pra mudar o mundo.

Essa sereia vive cercada de babões e ai tudo é uma festa. Final de semana desses fomos visitar uns amigos, casa de adultos, mas todos ficaram vidrados nas ações da pequenina. Ela encontrou uns porta cerveja brinquedos e foi se entreter. Eram tres e ela estava tentando empilha-los, mas os 3 juntos ficavam bem maiores que ela...lá pelas tantas ela conseguiu colocar o terceiro e claro, foi uma comemoração só.

Agora ela também aprendeu que quando termina algum feito a gente tem que bater palmas...então ela termina, grita obaaa...e a gente bate palmas...rs...

Aprendeu também a sacudir os cabelos, muito engraçada ela sacudindo a cabeleira.

Esse final de semana ela iniciou o momento menina e papai. Pegou sua escovinha e penteou a cabeleira do papai, fez carinho e tudo mais...em breve ele terá que passar pelas sessões de maquiagem...rs.

Sábado teve uma slingada e fomos lá, são sempre momentos bons pra interagir com as meninas daqui. A menininha resolveu comer pipoca. A mamãe aqui resolveu dar só a parte branca pra que ela não engasgasse, enquanto eu retirava a parte do milho, ela meteu a mão no pacote e botou logo duas na boca, ok. Depois ela riu e eu vi um preto no dente molar (novo) dela. Entrei em desespero e nada dela deixar a gente ve o que estava no dentinho...lá pelas tantas pensamos que podia ser milho. Tentamos de toda forma ver, escovar e ela não deixava (ela escova os dentes sozinha). Fiquei desesperada, até chorei...rs...como pode uma menina que não come açucar, ter um dente que acabou de nascer cariado? Ok, era só um milho...rs...#momentomenasmãe.

Esses dias de campanha tem sido muito pesado, normalmente estou chegando em casa e ela já dormiu. Então estou tentando ao máximo aproveitar o tempo que estamos tendo juntas...sem crise...mas é difícil demais. Quando o pai chega em casa ela o recebe e pergunta: "mamãe?" Oh dó.

Menininha também desenvolveu um apego enorme pelo cachorrinho/gente Toy, essa semana ele foi tomar banho e quando o Seu Zé do pet foi pegá-lo, ela chorou de soluçar, pq não queria que o cãozinho fosse embora. Ai senhor, preciso começar a preparar para quando ele se for...ele é um idosinho rabujento.

Nossa sereinha está linda, cada vez mais. E como mama essa menininha.

 

Mamando na slingada
Mamando na campanha de amamentação
 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Campanha Zalika na Semana Mundial de Amamentação

No período de 01 a 07 de agosto de todo ano, há 20 anos, tem sido comemorada a Semana Mundial de Amamentação. O Zalika não podia deixar de dar sua contribuição para a semana e o nosso incentivo a amamentação, momento de nutrição e prazer para mamães e bebês.

Durante os 7 dias de campanha publicamos banners com histórias de mamães que amamentam a despeito de qualquer outra indicação e comentários.



Amanhã se inicia a Semana Mundial de Amamentação que será de 01 a 07 de agosto. Nós Zalika iniciamos hoje a nossa 1ª contribuição para campanha, somos defensoras desse ato de alimentar, amar e aconchegar.

SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO: ENTENDENDO O PASSADO, PLANEJANDO O FUTURO.

Nascido de um belíssimo parto domiciliar, Raul mamaou na primeira hora de vida, na segunda, na terceira....sem interrupções institucionais, tendo maior possibilidade de estenter o período de amamentação exclusiva, segundo dados da OMS.
 SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO: ENTENDENDO O PASSADO, PLANEJANDO O FUTURO.

Essa mamãe tem leitinho de sobra, toda semana ela faz doação para o Banco de Leite, ajudando assim a alimentar muitos outros bebês.

SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO: ENTENDENDO O PASSADO, PLANEJANDO O FUTURO.

Persistência foi uma das palavras chave dessa mamãe, que com muito apoio da família, permanece amamentando o pequeno Caio.

SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO: ENTENDENDO O PASSADO, PLANEJANDO O FUTURO.

Mãe leoa que descobriu a força de seu corpo, e confiou ser capaz de alimentar e satisfazer sua filha, contrariando a cultura de que bebê sadio tem que ter dobrinhas.
 SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO: ENTENDENDO O PASSADO, PLANEJANDO O FUTURO.

A história de superação dessa mamãe fez nascer uma ativista pelo aleitamento materno, um exemplo de que informação consciente, auxílio profissional e paternidade são aliados importantíssimos para o sucesso da amamentação.


 SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO: ENTENDENDO O PASSADO, PLANEJANDO O FUTURO.

A amamentação prolongada é a continuidade de um vínculo que foi estabelecido e que não precisa ser rompido, afinal, mamar por amor só faz bem, desmame por estar grandinho não se justifica.
 SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO:ENTENDENDO O PASSADO, PLANEJANDO O FUTURO.

Estudos demonstram que o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida pode evitar, anualmente, mais de 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos nos países em desenvolvimento (Lancet 2008).

Finalizamos hoje a Semana Mundial de Amamentação, mas continuaremos incentivando a causa.

 Ano que vem tem mais!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Novidades da mocinha.

"Eu sou a sereia que dança, a destemida Iara"


Semana passada nossa sereinha aprendeu a falar papai...enfim ela deixou de o chamar de mamã ou dada...era até bonitinho ela chamando ele de dada, mas ele ficou todo bobo com o novo modo de chamá-lo...que é papaiiiiiii.

Eles estavam em casa (papai, tia e sereinha), ele entrou pra casa e ela ficou na área, quando se deu conta de que ele tinha entrado, partiu em disparada chamando-o de mamã...minha tia falou..."Iara é o papai"....ai ela colocou a mãozinha na cabeça e gritou..."pa - pa - iiiiiiii"....saiu correndo pela casa, gritando "papai, papai, papai"....ok...era só uma coisa de sair a letra certa...saiu. Bem perto do dia dos pais, ela aprendeu a falar papai.

Outra coisa engraçada dessa semana é que fomos ao supermercado fazer compras, já estávamos entrando no estágio "república"...ai é o perigo pq já não podemos mais contar com o ph da Ufes...huahauhauhauhauha.

Estávamos perto do açougue e havia uma aglomeração de atendimentos prioritários, ai já viu...começa o assunto e todo mundo parece que se conhece, uma cena. 

Eis que uma senhorinha vira pra um açougueiro e pergunta: - Moço, esse aqui é o peito?
Iara mais que depressa, enfia as duas mãozinhas no meu vestido, olha pra senhorinha com cara de "se esse ai é eu não sei, mas esses aqui são meus" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.....
Rolou um pacto silencioso no açougue de ninguém falar a palavra peito para ela não querer mamar ali...kkkkkkkkkkkkkk moro de rir.

Cada uma que essa menininha apronta, chegou inclusive a nos deixar em dúvidas sobre ter tentado fazer uma coisa...bom na dúvida, vamos considerar que ela fez mesmo. Papai deu a ela um vidrinho daqueles de bolinha de sabão que tinha na tampa um labirinto daqueles de encaixar uma bolinha na extremidade do labirinto...ela pegou aquilo e cuidadosamente estava tentando encaixar a bolinha....hahahaha.....se era isso mesmo que ela queria fazer não sabemos, mas por via das dúvidas, ficaremos com essa versão.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Novos rumos

Quem me conhece, nem que seja só pelo facebook, sabe que essa maternidade me mudou de trilho mesmo. Sei que tem gente por ai que acha isso tudo um exagero, um saco, mas eu não to nem ai...to super feliz com essa nova fase. Isso tudo revirou tanto minha cabeça que tenho tido muita vontade de me voltar profissionalmente para a maternidade. Tenho caminhado para esse rumo e queria muito compartilhar nesse bolg, porque ele é um espaço para que Iara um dia saiba tudo o que ela significa na nossa vida.

Eu sempre dei muito valor a minha liberdade financeira, mas eu descobri que isso não significa necessariamente me matar de trabalhar. A maternidade me fez descobrir inclusive que a felicidade pode estar em cuidar da minha casa, da minha filha, do companheiro, do cachorro, das roupas, do jantar....o que importa mesmo é estar feliz.

Bom! Fiquei em casa curtindo essa vibe de família até que Iara fizesse 11 meses, voltei a trabalhar quando entendi que estava na hora de dar esse passo, fiquei muito confusa, já falei disso aqui...pq no fundo, no fundo eu queria ficar em casa, mas as condições objetivas não se deram. Estou feliz trabalhando.

Tenho a sorte da Iara ficar com uma pessoa de minha mais profunda confiança e carinho, sei que as vezes ela é muito mais exigente do que eu...rs...ela é minha tia e dentre outras coisas ela já ajudou a cuidar de mim...assim como todas as minhas outras tias. Isso de fato favorece demais essa minha saída. Eu passo o dia com muita tranquilidade e ligo só pra saber como estão as coisas...ta bom, as vezes eu ligo só pra ouvir minha menina que adora um telefoninho...rs.

Ta mas eu venho cavando a possibilidade de um dia trabalhar menos e se não menos, pelo menos com algo que esteja dentro desse mundo da maternidade. Não é só a maternidade em si que me move, mas a possibilidade de fazer as coisas mais naturalmente, sei lá, acho que ta tudo junto, mas eu sei bem de onde vem isso tudo. Vem da vontade de fazer diferente do que foi comigo, da possibilidade de compartilhar informação e contribuir para que algumas pessoas possam ter histórias diferente da minha. 

Não renego minha história e já nem sofro com ela, já consegui processar minhas informações, mas não quero que se repita. Não quero que roubem meu parto novamente, não quero demorar pra amamentar outro filhote, não quero ser levada pela lógica hegemonica de que a ciência está ai e precisa ser usada a todo custo. Não nego a importância da ciência, em hipótese alguma, mas só penso que ela deve ser usada quando for necessário e sim, já descobri que no meu caso não era necessária. Eu tive mesmo uma desneCESÁREA.

Ultimamente esse assunto tem sido muito debatido, graças as ações impositoras, desrespeitosas e ilegais do CREMERJ (Conselho de Medicina do RJ). 

Como feminista que sou só digo uma coisa: A mulher tem que ter direito sobre seu corpo. Se ela está munida de informações que ela faça o que achar melhor.

Com isso to aqui assumindo que sim, a mulher tem o direito de querer fazer uma cesárea pelos mais variados motivos, só penso que a ela seja garantido um leque de informações necessárias sobre tudo...se ao final ela achar que é isso mesmo, prefere a cirurgia, eu não estou aqui para julgá-la, mas pra continuar lutando que mesmo na sua cesárea ela não seja chamada de mãezinha, "cumadre", minha filha, que ninguém retire dela o direito de ter seu acompanhante durante o parto e durante a internação, que seu filho não passe por protocolos desnecessários, enfim, que ela tenha o máximo de cuidado pra que esse momento seja memorável.

Buenas, então estou estudando. Estou fazendo um curso de Capacitação para suporte em Aleitamento Materno na Ong Amigas do Parto, já estou pagando e ansiosa para fazer o curso de Doula que o GAMA oferecerá aqui em Vitórinha e recentemente juntamente com mais duas companheiras com quem tenho tido muitas idéias bacanas que vão contribuir para mudar as coisas aqui em Vitória, formamos o Zalika.

O Zalika é sem dúvida o nosso filhote querido que é um espaço virtual de informações sobre maternidade ativa, parto humanizado e atenção à infância, entre outras temáticas relacionadas ao mundo familiar. Oferecemos serviços de acompanhamento pré-natal e durante o parto (Enfermeira Obstetra); consultoria em aleitamento materno; promoção de eventos como cursos, seminários, workshops; além um lugar de discussão, textos, artigos afins.

Também estou muito feliz com o sucesso do grupo virtual (que muitas vezes se encontra pessoalmente) Mamães Capixabas que essa semana chegou a marca de 1000 mamães (alguns papais). Já fizemos muitas atividades bacanas e esse espaço tem sido muito bacana e cada diz me surpreendo com os posts, por vezes disvirtuados...rs. Um viva ao Mamães Capixabas. Já contei a história dele aqui uma vez veja: Mamães Capixabas no meu blog.

MInhas companheiras Zalikas. Karine Helmer e Tanila Glaeser
Buenas, vamos a luta que há muito por fazer. 

 

1 ano e 3 meses de uma nova vida e uma vida nova.


Iara no arraiá das mamães capixabas


Ontem minha filhota fez 1 ano e 3 meses e sem sombra de dúvidas ali nasceu uma vida nova e trouxe para nós uma nova vida. Cada dia mais tenho pensado sobre todo esse processo e sobre a revolução que venho com ele.

Essa semana dois eventos marcaram demais minha vida, memória e certeza de que eu nunca mais pensarei só em mim. Não há mais lugar para o pensamento egoísta tão comum. 

Estamos dormindo sozinhas essa semana, o papai ta viajando, a mocinha não gosta muito de ser agarrada mas em nem ligo e aperto ela todinha...rs...mas durante a noite senti um pesinho no meu peito, pensei, lá vem ela mamar...rs...mas ai ela cuidou de me abraçar e passar as pernoquinhas pra cima de mim...deitou em mim e dormiu por um tempinho...achei tão fofo que fiquei ali observando aquele corpinho miudinho me abraçando...até que claro, ela rolou para o canto da cama (ela gosta de dormir encostada na parede, assim como eu). Achei tão lindinho e amei nossa experiência noturna...rs.

O outro episódio me deixou bastante aflita. Iara tomou as vacinas desse período no calendário do SUS (tríplice, meningite e pólio). Mais tarde recebi uma ligação da minha tia dizendo que ela estava muito irritada, ao fundo eu ouvia ela chorando aos berros...já fiquei nervosa....resolvi umas coisas no trabalho e parti pra casa. Quando estava no ônibus me liga minha tia dizendo que ela não estava conseguindo andar. Ai desculpa, mas fiquei em pânico. Liguei pra pediatra e ela me tranquilizou. Cheguei em casa a bichinha estava dormindo. A indicação era dar um remédio pra dor, pq ela não estava andando por causa da dor na perninha...ownnn...que dó, que dó, que dó. Esperei ela acordar, quando ela acordou me deu logo um sorrisão, pulou no meu colo e mamou loucamente. Minha bichinha queria um pouco de dengo, leitinho e a mamãe...até correr, correu.

Essas duas coisas me fizeram pensar em como ela é um ser doce, frágil e dependente, e que nós temos muito prazer em cuidar desse anjinho de luz.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Entrevista

Falamos ao programa Superação sobre nossa história de superação na amamentação....segue o link, confira:



Nossa contribuição é dizer que amamentar é possível, bom e faz bem pra mães e bebês.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Bronca no papai

Desde muito cedo essa sereia da demonstrações de que é meio bravinha...rs...a gente fica tentando acalmar, falamos baixo, carinhos, carinhos, carinhos....mas tem coisa que é da gente mesmo.

Ela tinha mais ou menos uns 3 meses quando deu sua primeira bronca no pai. Estávamos na casa de uns amigos e eu fui para o quarto pra ela mamar mais tranquila. O pai chegou e ficou fazendo carinho, falando umas coisas e do nada ela se irrita, solta o peito e começa a gritar com o pai. "aaaaaaaaaah, aaaaaaaaaaahhhh, aaaaaahhhhhhh" parou e voltou ao peito como se tivesse terminado seu recado. A mãe e o pai ficaram de boca aberta e a mim só restou completar ao papai "toma"....ele se acabou de rir e deixou ela mamar em paz.

Ontem foi dia de mais uma briga. Já passava da hora dela dormia, aliás ela já esteve quase dormindo duas vezes...acordou quando eu cheguei...quase dormiu outra vez e acordou quando o pai chegou. Ok, vamos recriar o ambiente de dormir...não sei o que aconteceu, mas parece que ela tomou doses do espinafre do Popay...ficou igual um furacão pela casa...lá pelas tantas...o pai estava na cozinha e ela na cama comigo...se "minhocou" toda e saiu da cama, foi esbravejando, balançando os bracinhos...chegou até a cozinha, falou algumas coisas com o pai em tom de briga...e seguiu para o quarto sacudindo os braços...o pai entendeu que era pra ele segui-la...seguiu e ao chegar na beira da cama ela deu os braços pra ele pegá-la, apontou para a cama e ai todos entendemos: Só vou dormir com todo mundo junto.

Depois desse piti todo ela dormiu, rolou pra lá e pra cá e se ajuntou no pai...perninha na cintura dele, bracinho no ombro e se esquentou na noite fria.

Ele está de férias e tem ficado parte do dia em casa...ela tá curtindo demais.

Ogrinha fofa.

Vendo Pocoyo com papai nas férias dele.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Uma noite como dantes!

Chegamos em casa ontem e a menininha já dormia e dormia em seu berço. Ok, dormimos também.

Lá pelas tantas acordei com dor nos peitos...estavam muito cheios...pedi ao papai para buscar a menininha (tarefa paterna na distribuição noturna de cuidados).

Chegando no quartinho coincidiu (ou não*) que a sereia acordou....ótimo...vamos esvaziar esses peitos pq temos ainda  noite toda pela frente para dormir.

Eu - Que horas são?
O pai - Sããããoooo.....5:30h.
Eu - Como? 5:30?
O pai - Sim sim...você acredita?

Perplexos e felizes apressadamente dormimos o que nos restava.

Duas coisas:

1- A dona sereia dormiu no berço. Aquele mesmo que achamos que tem uns espinhos invisíveis.
2 - Dormiu mais de 7h seguidas....como há muito tempo não se dava e nos dava ao luxo.

Cada dia uma surpresinha.

* Segundo minha avó e o povo mais antigo e repleto de tradições, lendas e mitos sobre a gravidez e infância...quando o peito dói é porque a criança tá com fome. Acho isso um tanto quanto coerente...afinal, eu produzo o que ela demanda....logo, se dói...é porque passou da hora de mamar.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Uma ogrinha singela!

Um final de semana desses fomos almoçar na casa de uns conhecidos, todo mundo querendo pegar na pequenina, apertar, cheirar, falando horrores do quanto ela é parecida com meu pai...etc...etc..etc...

Lá pelas tantas uma senhora chega perto de nós e passou a mão no bracinho da sereia...ela com toda rapidez peculiar, tirou a mão da senhora....que insistiu e continuou fazendo carinho....ela tirou a mão novamente...na terceira vez a menina imediatamente mandou a mão no rosto da senhora. A cara da mãe trincou, o pai ficou roxo e ambos entraram na onda de pedir pra ela fazer carinho....carinho, carinho. Nada adiantou.

Mas também né? Se ela já tinha tirado a mão da pessoa 2 vezes...pra quê insistir?!?

Fiquei meio assustada com a reação da mocinha e fiquei pensando: " O que será que essa mulher vai pensar que essa menina vê em casa?!?"

Oh céus, ela é meio ogrinha!

Não bastasse isso, esse final de semana a menina  aprendeu a falar: "xsai, xsai, xsai".

Estamos tentando substitiuir o "xsai" por "dá licença", mas a tarefa está árdua.

Futuca aqui, futuca ali....

Pic nic da Iarinha


Por vários motivos optamos por fazer uma festinha de 1 ano mais alternativa. Diminuir os custos era um motivo óbvio, mas também queríamos uma coisa que tivesse simbolismo pra nós, num lugar onde as crianças pudessem brincar a vontade, correr, pisar o chão, jogar bola, subir em árvores, comer coisas mais saudáveis que salgadinhos de casas de festas comuns, um lugar ao ar livre, sem ar condicionado. Buenas, resolvemos fazer na Ufes, na beira da lagoa, um lugar que nós pais, tios e tias passamos diversas tardes da nossa vida estudantil.

E o tema? Aproveitamos a oportunidade para contar um pouco sobre a escolha do nome da Iara que veio mesmo do folclore brasileiro e que sim, tem toda ligação com as águas e suas energias. Ela é nossa sereia, ela é nossa menina. 

Parece que fazer um picnic é simples e rápido, mas que nada...deu foi um tanto de trabalho, mas ainda bem que Iara tem um monte de tia e dinda que mais parecem umas formigas carpideiras...rs...assim...tudo deu certo e ficou lindo.


Nossa mesa de sandubas e frutas

A parte doce da festa. O bolo, uns cupcakes e os benditos brigadeiros que fui obrigada a aceitar na festa...rs...houve uma rebelião das tias e elas impuseram a presença dele...tudo bem...deu certo.

 Bolo que além de lindo era também delicioso.

 A galerinha ouvindo histórinhas. A interação tanto das crianças quanto dos adultos foi ótima...achei esse momento muito legal...me diverti.
 

As toalhas foram feitas de tnt xadrez, presas com balões e flores que deram um toque super fofo.

Visita ilustre no nosso picnic.

 Teve pintura de rosto e bolamania.

As lembrancinhas que foram feitas pela tia Peta, pela mamãe e pela vovó...foram dedoches do folclore (Iara, Saci, Boto rosa, Curupira e Mula sem cabeça).

Nossa lindinha se divertindo com as histórias.

Teve tempo pro mamá...delícia de denguinho da mãe.

 Galera interagindo no dia lindo de sol, as sombras das amoreiras e outras árvores da beira da lagoa.





 Hora do parabéns.







Mais lembrancinhas...que a mamãe aqui é exageraaaada e fez dedoches, imãs de geladeira e garrafinhas pros mais velhos.

Ah, tinha um kit de emergências também, com protetor, repelente, papel higiênico, lenços e bandaid.

Também tinha uma pimenteira...pra garantir boas energias, positividade nunca é demais.

Assim foi a festinha de 1 ano da nossa sereia linda...a destemida Iara. Além de uma festa pra marcar a passagem de nossa pequenina, esse foi um momento de comemoração para todos nós...a Iara é nossa luz e representa muita felicidade na nossa vida e na vida da família, amigos e amigas.

Esse primeiro ano de aprendizados diários trouxe ao mundo uma menininha linda, muito esperta, cheia de saúde e certamente trouxe também um pai e uma mãe. Essa figura de pai e mãe que agora existem, aprendem dia a dia com as pequenas descobertas e encantos da vida de uma criança iluminada. Iara deu novo sentido a nossa vida e hoje temos ainda mais motivos pra acreditar que um outro mundo é possível.

Muito obrigada a cada um e cada uma que fizeram desse dia, um dia muito feliz.

Vida longa a nossa filha, muita luz, saúde e paz!

Assista nosso vídeozinho...ficou tudo muito lindo e carinhoso.


Alguns contatos importantes:

1 ano da sereia mais linda do mundo.

Iarinha comilona, andante e falante!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nossa pequena mulher.

O final do mês de fevereiro e o mês de março, primeiro dia Internacional da nossa mocinha foi cheio de atividades e eventos.

Iara participou de seu primeiro bailinho de carnaval, organizado pelas mamães capixabas...ela ficou a bailarina mais linda do mundo.
Diga ai se não ficou linda.






A mamãe foi convidada para ser paraninfa da turma de Serviço Social que ela deu aula quando eles eram calouros, muito orgulhosa a mamãe levou a lindeza para apresentar aos formandos e pra que ela mesmo sem entender, visse a mamãe sendo homenageada. Até dela falei no meu pronunciamento, porque afinal, a maternidade abriu ainda mais meus olhos para a realidade do mundo e para as necessidades de mudança nesse mundo. 


Nos preparativos do dia da formatura, recebi um convite meio desconcertante. Uma proposta de trabalho. Na hora aceitei sem pertanejar, mas é claro que quando fui pra casa fiquei cheia daquelas dúvidas que já apresentei aqui. Voltar ou não voltar? Eis a minha questão. Com quem ou onde deixar Iara? Tudo ficava ainda mais confuso porque estávamos com passagem comprada para mais uma viagem a Salvador.


O dia 08 de março foi marcante para nós, tomamos posse no Conselho Estadual de Direitos das Mulheres, participamos da concentração para a marcha das mulheres e corremos pra casa para nossa viagem. Nossa pequena feminista está aprendendo a diferença de uma sociedade que começa a se abrir para que homens e mulheres possam ser iguais nos direitos.


Em Salvador foi aquela festa, paparicos de tias, tios e dinda...foi só alegria. A bichinha se divertiu com a gata Frida, aprendeu a bater palmas, foi a uma festa linda e nos divertimos bastante.


 

Mas como de costume, um dentinho resolveu nascer na Bahia e ai ficamos nós uns dias de molho pois a mocinha teve febre e ficou enjoadinha.

Na volta os papais tiveram uma conversa sobre o melhor modo de lidar com a saída da mamãe para trabalhar e resolveram conversar com tia Peta pra que ela viesse morar conosco e cuidar da pequenina. Ela topou e assim decidimos proceder nesse ano enquanto ela ainda é muito pequena e até para nos organizarmos melhor e no ano que vem ela pra creche estabelecer convívio com outras crianças.

Tia Peta chegou para nossa adaptação e Iarinha logo se identificou para minha tranquilidade. Essa escolha que parece fácil me corroeu por alguns dias. Babá eu não queria mesmo...nunca concebi uma pessoa estranha cuidando da minha filha, ensinando hábitos estranhos, concepção de vida diferente da nossa...gosto musical estranho...ai não...e tia Peta é uma pessoa de nossa mais que extrema confiança. Tenho certeza que ela não fará nada que contrarie nossos hábitos com a pequenina.

Infelizmente aquela febrezinha do dente deixou a sereinha vulnerável e ela ficou bem ruinzinha com muito catarro e uma chiadeira muito forte, levada a médica ela estava com princípio de pneumonia, postergando minha saída para trabalhar em alguns dias. Fizemos a medicação orientada e em 2 dias a bichinha já estava melhor. Acredito que ela sentiu um pouco de minha agonia.

Meu primeiro dia fora de casa foi uma coisa muito estranha. Saí de casa sentindo que faltava um monte de coisas, a mochila, o sling e claro que faltava um pedacinho de mim...meu coração estava apertado e minha cabeça não pensava em outra coisa que não fosse em como estaria a menininha em casa. Um detalhe: Fui com sutien de amamentar...hahahaha...não sei o porquê, mas fui...força do hábito.


Deveras é muito agoniante estar fora de casa depois de passar 11 meses cheirando a bonequinha durante o dia inteiro, segurei minha agonia e só liguei em casa uma única vez para saber como ela estava, pra não ficar incomodando as duas em casa. Mas olhe, realmente é muito gratificante chegar em casa e encontrar esse sorrisinho lindo e cheio de dengo.
Confesso que não sofri como muitas colegas relatam, até por ter deixado Iara nas mãos de uma pessoa que sei que cuidará dela com muito amor e carinho.