quarta-feira, 25 de maio de 2011

Diário de uma pérola.

Um mês de vida e encantamento nas vidas dos papais.


Parace que foi ontem, mas já faz um mês. O clichê do tempo que voa, nos pegou!

Durante a gravidez você fica imaginando, planejando, construindo possibilidades e alternativas para quando a criança nascer que você esteja preparada..haha, ledo engano, eles chegam sem manual, cada serzinho desses tem particularidades e por mais que existam milhares de fontes de informação, amigas/os prontos pra ajudar, família experiente de amparo...nada, nada disso supera a experiência do dia a dia, a agonia do choro "inexplicado" na noite e nada acaba com o medo de errar.

É muito pequena, frágil e realmente da um medo enorme. Mas o fato é que você descobre que não é nada muito difícil, trabalhoso demais, mas não é difícil. O grande detalhe é que não se sabe nunca o limite da "frescura" e o da necessídade. O único problema da "frescura" é a exposição que ela pode causar e o da necessidade é saber a hora certa de agir. Bom, de fato parece melhor errar pela "frescura".

Com a ajuda valiosa de minha tia Peta nós nos dedicamos a cuidar da pequenina.  Fundamental na vida das pessoas uma ajuda, eu não sei como me viraria sozinha, me viraria...mas ficaria um pouco destruída. Ao contrário, eu tenho tempo de escrever em blog, postar diariamente coisas no facebook, ler coisas e dormir.

Iara nos ajudou um bucado e não tirou nossas noites de sono, interrompeu-as...agora dormimos sonos de 3 horas que parace ter sido uma longa temporada. Aquele sono pesado de antes...jamais...ela balança o braço no carrinho e já é barulho o bastante para nos acordar.

Os cuidados iniciais parecem ser muito difíceis, mas que nada, aos poucos você domina todos aqueles detalhes qua pareciam um enorme bicho de sete cabeças.

Ainda não vencemos uma estapa que parecia que seria bem natural, a amamentação. É, a Iara não pegou o peito, insistimos nas tentativas e a bichinha perdeu muito peso, sendo preciso entrar com complemento...esse complemento que a recuperou, também a deixou adepta à facilidade...mesmo que tenhamos nos esforçado ao máximo e não usamos chuquinha, mamadeira, chupeta...nada disso, mas mesmo com a sonda...ela acha mais tranquilo uma "mangueira" jogando leite na boca dela do que o peito que sai de gotinhas em gotinhas...rs...ai ai. Vamos combinar tadinha que existe um problema de tamanhos aqui...peito demais pra pouca boca. Mas estamos agora na última cartada que é a relactação*. Quando digo última, é porque já tentamos de tudo e uma coisa que não pode acontecer é  um processo de culpa e desgaste.

Bom, cada dia é uma descoberta e a gente acaba que fazendo uns "testes" com os pequenos, porque nem tudo que te indicarem vai funcionar com seu filho, afinal, cada um mesmo tão pequenino e frágil é dono de uma histórinha própria. A gente aqui em casa, acaba mesclando as orientações médicas com os conhecimentos populares. Nada de rigidez científica, nem também é a haribozisse pura.

As cólicas, os gases, a fome, o sono, a manha...no início deixam você um pouco em desespero por não entender em que momento é cada uma dessas coisas, mas aos poucos você percebe e começa a diferenciar a expressão do bebê, o choro diferente pra cada coisa (entonação), as manias que já começam a se mostrar e a personalidade que se desenha a cada dia (no caso de Iara, já se mostra desde muuuito cedo).

Interessante perceber que esse pedaço de gente se constrói a cada dia e você tem um papel central nessa história, você está cuidando de uma pessoa que tem tudo para aprender. Loucura pensar que você fará, por um certo tempo, as escolhas por ele.

Esse primeiro mês é mesmo de adaptação pra todo mundo, ela descobrindo que a vida tem cores, que os sons são diferentes do lado de fora, que há mais trabalho em viver por aqui e nós estamos babando, curtindo e aprendendo a lidar com a responsabilidade de ter uma filha, readaptando o sono, rotinas, hábitos, planejamentos...ela por enquanto está no esquema: come, dorme, faz xixi, faz cocô, toma banho, come e dorme...não necessariamente nessa mesma ordem. Mas hoje, já que ela está virando uma mocinha, ela começou a ficar mais tempo acordada durante o dia. Ótimo, estamos loucos pra que haja mais interação.  Mas já é uma delícia quando ela conversa e sorri (mesmo que saibamos que ainda é apenas uma imitação involuntária...rs..).



Vida longa à Iara, nossa sereia!!!

Esse é o melhor cheiro





*Para saber mais sobre a relactação: http://amigasdatb.blogspot.com/2011/04/relactacao-voce-sabe-o-que-e.html

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Coisas de dindas....

Elas são babonas, se metem em tudo...rs...e Iara deu uma sorte grande, elas são sensíveis e lindas.
Andaram escrevendo umas coisas...segue ai.
Em 13 de março a dinda Bia, mandou o seu sonho...relamente a Iara é parecida com o que você viu...
 
Acabo de acordar pensando em Grazzi e Iara.
Abro o email e vem o pedido para as Dindas escreverem algo para a pequena e me deparei com a confusão de um sonho que acabei de ter.
Eu carregava a Iara! É, ela era minha!
Eu sustentava nos sonhos o peso da barriga dos ultimos dias, a ansiedade de ver a carinha dela e uma mistura meio de medo e felicidade em saber que minha vida ia mudar depois que ela viesse ao mundo.

A Grazzi estava por ali: seria quem me acompanharia no parto (normal). A médica dizendo que precisaria de muita força e, de repente (como nessas coissas de sonho) a Gra é quem dava a luz!!!!!!!!
Eu, Gra e Iara estávamos ligadas num só cordão umbilical e Iara nascia. Uma menininha comprida, morena como a Gra, de cabelos fartos e pretos, com bochechas de apertar deliciosamente.
Dai eu dizia: "amiga, vou atras desses medicos pq nao podem trocar a Iara, já pensou???" Ela riu e dormiu exausta do parto! e eu, acordei...
Ri (so a dinda Bia que tem medo de uma troca de menino na maternidade.... kkkk).
Em seguida passou o melhor pelo meu coraçao e pensei: Iara nascerá do amor que tenho pela Grazzi. E as duas serão minhas. Minhas!
Amo vcs duas. Bjos da Dinda Bia

Dinda Bia no hospital com Iara


 ___________________________________

No dia 01 de maio a dinda Lu, mandou um texto pra pequena.

Quando a Grazi mandou uma mensagem avisando: -É hoje!, eu quase tive um treco.
Fiquei gelada, fiz a fala mais crua de minha vida e passei a tarde agoniada. Eu não ajudei em nada ela...fiz tudo errado, liguei mil vezes e disse pra ela: - eu to com medo, to nervosa!!!!

Antes de começar a reunião das Mulheres do PT de Minas Gerais, eu avisei: - "Gente vcs me desculpem a agonia, mas minha sobrinha afilhada vai nascer à qualquer hora e eu estou um pouco tensa, amo demais a mãe dela e ela."(O Tiago eu tbm amo, mas não fico falando muito para não ser mal interpretada)

Assim foi, no meio da minha fala, recebi a mensagem que a Iara nasceu...falei chorando, sem dar muita pinta(pardon, pardon...eu pardonizei um pouco) mantive a classe, à altura de Iara, claro.Eu ainda não peguei ela no colo, to tentado fazer isso se a GOL deixar.

Ela nasceu no dia da Revolução dos Cravos, eu não vejo a hora de poder contar para ela: - Ei, o garota, senta aqui no colo da sua madrinha que eu vou te contar uma história...vc sabia que nasceu no dia da Revolução dos Cravos? Vc sabe o que é uma revolução? Não? Bom, é mais ou menos isso que vc fez acontecer na vida da gente, em especial da sua Mãe e do seu Pai...

Não vejo a hora de explicar para ela porque chamamos ela e os dois outros amiguinhos Francisco e Omim de ciniquinhos, de quase quadrilha e coisas desse tipo...acho que ela vai gostar a julgar sua natureza taurina-sargitário-aquariana.

Iara é linda, parece mais com a Grazi, mas expressa os traços do Tiago. Acho que ela não quiz correr o risco de ser chamada de filha do leiteiro...rsrsrs. Mas quando crescer, acho que será a misturinha mesmo.

Eu to aqui besta. Tudo que me lembra criança, eu penso nela. E quero comprar claro...
E sim, de forma bem egoísta como diz a Grazi, dá uma vontade enorme de mudar o mundo só para ter eles dentro.

O Jojoca já tinha me causado uma coisa parecida...Esse amor gratuito é bom demais. Porém, quando eu virei madrinha dele, ele ja tinha feito xixi no meu colo e grudado no meu cabelo. EU chorei muito!

Iara abriu o panteão das meninas na condição de afilhada sem batismo (a gente não quer nada de cerimônia de igreja...nossa coisa vai ser resolvida na cachaça mesmo). Acho que ela é privilegiada. Será criada como feminista, com 3 madrinhas igual a história de princesa, mas sem a chatice de príncipe...as madrinhas são meio bruxas, meio fadas e completamente amadas.

Seja bem vinda Iara, rainha das nossas águas, sereia encantadora de gente.Que não lhe falte saúde, prosperidade, carisma, força, disposição, alegria e felicidade, muita, em doses cavalares!

Um beijo grande da Dinda Lu

domingo, 1 de maio de 2011

O momento sublime!

Nós pais não temos muita ideia do que é a gravidez; as mudanças no corpo, na mente, e principalmente, da relação que a mãe estabelece com o bebê desde a concepção. Ela passa os 9 meses com aquele serzinho ali, lembrando-a 24 horas por dia que tem alguém chegando; aos pais cabe acompanhar e ajudar da melhor maneira, mas não há como ter ideia do que se passa. Por mais que as mães apresentem sinais dessas transformações, nós ficamos meio confusos, e por vezes até parecemos meio relapsos diante da ideia do que está por acontecer: uma outra pessoa chegará ao mundo.


Aos fatos: no sábado, 23, ficamos apreensivos com dores que a Grazzi sentia, a possibilidade de sair correndo pro hospital era iminente. Além de não querer mesmo isso (sair esbaforido), a zona de conforto estava sendo transgredida; realmente está nascendo, a vida como a conhecemos está prestes a mudar radicalmente. Mas na segunda, 25, após a consulta com a ginecologista e a confirmação de que Grazzi deveria ser internada no mesmo dia, paradoxalmente sou acometido por uma súbita tranquilidade; ansiedade sim, mas tranquilidade com aquelas ideias apavorantes do mundo virando de ponta cabeça. É o primeiro momento em que todas as minhas conjecturas acerca de como será a vida daqui pra frente deixa de povoar meu imaginário; a confirmação de Iara chegando me preenche com um orgulho e uma felicidade sem nenhum precedente durante a gravidez.


Etc., etc., chega o momento do parto, as enfermeiras vem buscar a Grazzi pra sala de cirurgia. Ela eu não sei como se sentia, mas eu estava tranquilo e confiante; e uma vontade transbordante de ver o rosto da minha filhinha... Infelizmente não pude ver o parto, mas não me importei; sei que a Grazzi deveria estar muito desejosa da minha presença, mas a confusão na maternidade era tão grande que, mais importante do que eu ver o parto, era a certeza de um parto mais tranquilo pra Grazzi e pra Iara, sem estresse.


A espera angustia um pouco, apesar da minha conhecida paciência: tá tudo correndo bem? Elas estão bem? Teve complicação pra Grazzi? Iara nascerá com saúde? De repente o pediatra abre a porta com um lindo bebê nos braços e pergunta por Thiago Duda; a primeira coisa que me chamou a atenção foi o semblante, onde na hora me reconheci. Este é um momento que tenho certeza que jamais será perfeitamente descrito por palavras... Eu não tenho a menor dúvida de que foi o momento de maior felicidade da minha vida e, aqueles que amo me entendam, o momento em que o amor atinge sua plenitude... Dizem que na iminência da morte a vida passa diante de nossos olhos por um instante; não posso dizer sobre a morte, mas algo semelhante acontece no nascimento... Aquela pessoinha é resultado de uma vida, em que muitas coisas aconteceram, por onde muitas pessoas passaram, onde muitas coisas foram sentidas. Nela vi o início de sua própria história, porém uma história que já traz consigo a minha história, a história da Grazzi e de tudo aquilo e todos aqueles que aconteceram em nossas vidas, desde o nosso nascimento... Sim, nesta pequenina e frágil criaturinha cabe tudo isso e mais tudo aquilo que está por vir...


O amor agora se mostra inesgotável. Quero tê-la o tempo todo comigo, quero ficar olhando pra sua carinha (carinhas, na verdade...rsrsrs...), trocar a fralda, dar banho, embalar nos braços, ajudar a mamar, ficar olhando, ficar olhando... Todo o esplendor da natureza se revela, recobrando-nos a consciência de que é isso que somos: natureza! O choro quando tem fome, o ato de mamar, o reconhecimento do cheiro da mãe, da voz dos pais... Instinto, corpo, comida, amor, vida, Terra... Não que não possamos ter essa consciência por nós mesmos, mas o momento do nascimento nos apresenta isso de uma forma tão singular e intensa que dá um sentido de completude no nosso sentimento de pertencimento a tudo isso que acaba por acontecer: a Vida!

Chegou nossa sereia linda. Bem vinda Iara.


Última foto de barrigão. 25/04 as 19h.

Tínhamos consultas na segunda (25/04), íamos verificar com a Ginecologista o resultado do repouso no feriadão e ainda tinha consulta com a Pediatra que acompanhará a pequenina. Fui bem tranquila de que tinha conseguido um ótimo resultado com o repouso e a quase abstenção de Torta Capixaba e chocolates (é...eu comi. Pouco, mas comi). Realmente havia perdido 1 quilo e desinchado bastante, mas a pressão estava alterada e lá veio a notícia que me deixou meio apastelada. Vamos operar agora, disse Dra. Angela. Mas solicitei a ela que eu fosse pra casa com calma e assim marcamos pra que eu me internasse as 17 horas. 

Impressionante como fiquei engraçada. Esqueci metade das coisas que queria perguntar pra Pediatra, liguei para alguns, mandei mensagem para outros, postei coisas e peguei um ônibus lotado. Acho que as pessoas esqueciam que quem ia fazer o parto era eu e me diziam que estavam nervosas, com medo, ansiosas e só me restou me acalmar. Afinal, todo mundo nervoso não ia funcionar. 

Comecei a funcionar no racional então. Almoçar, por que preciso fazer jejum; Pegar as malas e deixa-las sepadas pra não esquecer nada; Ah, passar no Correio pra pegar as lembrancinhas; Ai meu irmão ia passar num banco...fui pra ele pra adiantar as coisas; Deitar um pouco pra desacelerar o coração e Vamos que vamos.

Chegando na maternidade já tinha um time esperando. Organizamos o quarto e lá veio a maca. Preciso registrar que odeio essas camisolinhas de hospital, mas não tem jeito.

A maternidade aquele dia parecia o Triângulo em dia de jogo de copa e já estava começando a dar confusão, sendo assim, o anestesista proibiu a entrada de pais pra ver os partos....justo na minha vez...respirei fundo, engoli o choro e esperei a anestesia bizarra chegar (assim as pessoas a pintam). Mas as pessoas não se lembram que tenho 11 tatuagens e faço acupuntura...então senti um choquinho igual o da acupuntura, porém mais forte e mais longo e em segundos estava dormente da cintura pra baixo.

A cesárea começou e em menos de 5 min Iara chorava, nasceu as 19:40 h, aquele choro meio com água e forte...bem forte...chorei também, o médico me mostrou a pequena cabeludinha e embolada no pano verde e sim...foi um momento lindo de amor.

Chegada de Iara
Ouvi o comentário do médico auxilar "ainda bem que não teve trabalho de parto" , obviamente me meti pra entender o que diziam e eles explicaram que em alguns casos, não comuns, o cordão umbilical faz uma volta e forma um nó de verdade que pode asfixiar o bebê na hora do parto. É...foi na hora certa mesmo.

Levada para os primeiros cuidados e depois trazida pra eu ver, o médico me fez perguntas e logo disse: "Grazi, ela é linda e perfeita". Ela chorava loucamente quando foi colocada em cima do meu peito e eu disse: "Bem vinda minha filha" ela se acalmou como quem se sente seguro outra vez. Momento divino. Olha é simplismente indescritível essa hora...to aqui pensando como contar pra vocês e não sei. Realmente quem já viveu sabe, quem ainda vai viver se lembrará disso e quem não tem vontade de viver esse momento eu digo simplismente que é lindo.

Quando fui retirada da centro cirúrgico, minha torcida comemorava o gol e eu logo avistei Thiago com um pacote colorido no colo. Ele com os olhos rasos de água e ela calminha, calminha. A maca seguiu o corredor e veio uma procissão atras dela...rs...era grande mesmo...a enfermeira ficou meio assustada...rs...mas eu já sabia que nada os faria arredar o pé dali enquanto não houvesse notícia do processo completo e bem sucedido.

Com meu pai babão.
Logo veio a enfermeira ensinar a dar de mamar e Thiago o auxiliar mais empenhado de todos, ficou lá atento pra aprender tudo. Cuidou dela durante a noite, trocou a primeira fralda, cuidou de mim durante a noite e foi espetacular como nosso cuidador. As 4 da manhã tomei banho sozinha e segui a orienação de andar confiante pra evitar as complicações quase naturais da cesárea. As tive de forma bem reduzida.

Muitas visitas, muito carinho, muitas mensagens e Iara ali do lado, bem ali do lado. Na quarta já recebemos alta médica e com as devidas orientações viemos pra casa nos aventurar com a pequena princesa. Estamos nos saindo muito bem com nossos medos e com as novidades. Estamos com dificuldade no processo de amamentação, mas seguimos tentando.

Essa noite enquanto ela mamava contamos pra ela um monte de coisas sobre a vida e o mundo, explicamos que hoje ela precisa ser nosso talismã nos jogos decisivos do carioca e do paulista, ai aproveitamos pra contar que aqui no ES funciona assim, torce pra times de outros Estados. Aproveitamos pra contar da Copa do mundo, dos lugares que podemos assistir jogos e dos amigos que podemos visitar pelo país nessa desculpa. Contamos que a Copa é um evento mega capitalista, que é e foi usada pra manter o povo ocupado...rs...mas é que massa...a gente junta os amigos, ve os jogos em bares, faz festas em casa com telão e dj (o dj) e tudo na sala...rs....

Nessa de contar coisas da vida Thiago tava dizendo pra ela que só quando ela tiver 50 anos, quem sabe, ele vai deixar de se preocupar com ela, que não tem jeito que quando ela tiver 20, vamos ficar loucos com as preocupações rotineiras, mas prometemos tenatar não reprimi-la...rs...tentaremos não ser hipócritas e nos lembraremos de tudo o que já fizemos nessa vida.

Vendo Thiago conversar sobre os países que eles conhecerão surfando por ai (sim, ela será surfista...rs) fiquei pensando. Foi ele quem trocou a primeira fralda, deu o primeiro banho, está babando feito um besta e quarta feira terá que voltar a trabalhar. Injusto, insensível, machista não haver licença paternidade digna nesse país. Esse 5 dias não são o bastante nem mesmo ajudar na parte burocrática e de saúde desses primeiros dias. É preciso resgatar ou fazer um Projeto de Lei que considere o pai parte integrante desse desenvolvimento da criança, um país minimamente comprometido com o Direito das Crianças deixa que os pais participem da criação de seus filhos e filhas e esses primeiros momentos são importantes demais.

Iara é agora a certeza egoísta de que preciso continuar lutando pra que esse mundo mude e se torne justo.Esse dia, dia 25 de abril é o dia em que a Graziele e o Thiago se tornaram pais, somos as mesmas pessoas, porém agora, Iara é o centro de nossas atenções.

Chegamos em casa.
Bom, mas a Iara é linda, tem pulmões fortes...rs..e está nos deixando bastante ocupados e apaixonados.


Obrigada galera pelas vibrações e pelos carinhos!