quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nossa pequena mulher.

O final do mês de fevereiro e o mês de março, primeiro dia Internacional da nossa mocinha foi cheio de atividades e eventos.

Iara participou de seu primeiro bailinho de carnaval, organizado pelas mamães capixabas...ela ficou a bailarina mais linda do mundo.
Diga ai se não ficou linda.






A mamãe foi convidada para ser paraninfa da turma de Serviço Social que ela deu aula quando eles eram calouros, muito orgulhosa a mamãe levou a lindeza para apresentar aos formandos e pra que ela mesmo sem entender, visse a mamãe sendo homenageada. Até dela falei no meu pronunciamento, porque afinal, a maternidade abriu ainda mais meus olhos para a realidade do mundo e para as necessidades de mudança nesse mundo. 


Nos preparativos do dia da formatura, recebi um convite meio desconcertante. Uma proposta de trabalho. Na hora aceitei sem pertanejar, mas é claro que quando fui pra casa fiquei cheia daquelas dúvidas que já apresentei aqui. Voltar ou não voltar? Eis a minha questão. Com quem ou onde deixar Iara? Tudo ficava ainda mais confuso porque estávamos com passagem comprada para mais uma viagem a Salvador.


O dia 08 de março foi marcante para nós, tomamos posse no Conselho Estadual de Direitos das Mulheres, participamos da concentração para a marcha das mulheres e corremos pra casa para nossa viagem. Nossa pequena feminista está aprendendo a diferença de uma sociedade que começa a se abrir para que homens e mulheres possam ser iguais nos direitos.


Em Salvador foi aquela festa, paparicos de tias, tios e dinda...foi só alegria. A bichinha se divertiu com a gata Frida, aprendeu a bater palmas, foi a uma festa linda e nos divertimos bastante.


 

Mas como de costume, um dentinho resolveu nascer na Bahia e ai ficamos nós uns dias de molho pois a mocinha teve febre e ficou enjoadinha.

Na volta os papais tiveram uma conversa sobre o melhor modo de lidar com a saída da mamãe para trabalhar e resolveram conversar com tia Peta pra que ela viesse morar conosco e cuidar da pequenina. Ela topou e assim decidimos proceder nesse ano enquanto ela ainda é muito pequena e até para nos organizarmos melhor e no ano que vem ela pra creche estabelecer convívio com outras crianças.

Tia Peta chegou para nossa adaptação e Iarinha logo se identificou para minha tranquilidade. Essa escolha que parece fácil me corroeu por alguns dias. Babá eu não queria mesmo...nunca concebi uma pessoa estranha cuidando da minha filha, ensinando hábitos estranhos, concepção de vida diferente da nossa...gosto musical estranho...ai não...e tia Peta é uma pessoa de nossa mais que extrema confiança. Tenho certeza que ela não fará nada que contrarie nossos hábitos com a pequenina.

Infelizmente aquela febrezinha do dente deixou a sereinha vulnerável e ela ficou bem ruinzinha com muito catarro e uma chiadeira muito forte, levada a médica ela estava com princípio de pneumonia, postergando minha saída para trabalhar em alguns dias. Fizemos a medicação orientada e em 2 dias a bichinha já estava melhor. Acredito que ela sentiu um pouco de minha agonia.

Meu primeiro dia fora de casa foi uma coisa muito estranha. Saí de casa sentindo que faltava um monte de coisas, a mochila, o sling e claro que faltava um pedacinho de mim...meu coração estava apertado e minha cabeça não pensava em outra coisa que não fosse em como estaria a menininha em casa. Um detalhe: Fui com sutien de amamentar...hahahaha...não sei o porquê, mas fui...força do hábito.


Deveras é muito agoniante estar fora de casa depois de passar 11 meses cheirando a bonequinha durante o dia inteiro, segurei minha agonia e só liguei em casa uma única vez para saber como ela estava, pra não ficar incomodando as duas em casa. Mas olhe, realmente é muito gratificante chegar em casa e encontrar esse sorrisinho lindo e cheio de dengo.
Confesso que não sofri como muitas colegas relatam, até por ter deixado Iara nas mãos de uma pessoa que sei que cuidará dela com muito amor e carinho.







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