quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Salvador, lá fomos nós.

E essa era a primeira viagem de avião da Iara fora da barriga, nossa primeira viagem sozinhas e a primeira de tanto tempo tão longe de casa.

Tudo começou com aquela dúvida do que levar...eu até que pedir auxilio para as mais experientes, mas no final confesso que segui o meu exagero de sempre...e programei duas mudas de roupas por dia e tinha roupa para pelo menos 15 dias...tinha para o frio e para o calor...sim, levei roupas de frio para uma viagem em Salvador...rs...os brinquedinhos favoritos, o bebe conforto, o travesseirinho, o inseparável sling, ah...levei bastante coisa...deu um excesso de 11k, mas nem me cobraram....acho que já entendem que mães viajando com bebês estão sujeitas ao exagero, que pode nos salvar...Quanto a mala não tem jeito...não tem como seguir indicação de ninguém...a melhor coisa é levar tudo que acha necessário, numa próxima viagem você já vai saber o que realmente é importante. 

Bom, depois de bagagens despachadas lá vamos nós...despedir do papai...afinal seriam 15 dias longe...

Despendindo do papai
 E lá fomos nós...

Tô gostando desse negócio

Voandoooooooo


Duas dicas foram muitos valiosas para garantir tranquilidade na nossa viagem...como fizemos conexões, foi muito válido estar de sling e de saia...assim facilitou o movimento de ida ao banheiro...e a outra foi a de amamentar durante as decolagens e pousos para diminuir os efeitos da pressão nos ouvidos. Duas pequenas coisas que foram importantes.

Chegamos e já havia uma dupla no aeroporto nos esperando (Tia Dezza e tia Vina)...uma furou o bloqueio do portão de desembarque para me ajudar a pegar as malas, enquanto a outra foi pegar o carro...tudo certo...chegamos em casa e lá estava um comitê de boas vindas...claro que Rafa, Lica, Tete, Dina e a dinda estavam nos esperando e que a mesa de buraco estava posta...Depois de se socializar Iara dormiu, mas eu estava quebrada...dormi também...rs.

No primeiro dia fez um calor enorme...mas no segundo...despencou uma chuva, começou uma ventania, fez frio...coisas que nunca tinha visto em Salvador...e chega respirei aliviada pelo exagero na bagagem...tinhamos roupa de frio para a pequenina...

Com tanta chuva, nossos planos de sair e visitar pontos turísticos estavam parados...e então eram os amigos que tinham que nos visitar...e assim foi...recebemos amigos e amigas queridos, todos babaram Iara o quanto puderam e do jeito que deu...teve quem levou pra almoçar, quem deu banho, quem ninou, quem acalmou, quem levou pra passear, quem só olhou....mas no quesito babação é claro que a dinda ganhou.

Olhe, essa dinda paparicou um bocado...os  15 dias que fiquei em Salvador, dei banho na Iara só 2 vezes...quase todos os outros foram dados pela dinda Lu, que também tentou dar bananinha, que fez shantala, que levou em lugares importantes para rituais importantes, que tentou acalmar, que limpou, que fez exageros, que ouviu milhares de vezes a bonequinha do papai, que se divertiu e também se agoniou com o choro certo da hora incerta...rs...dinda aprovadíisima nas prendas, passou na prova de puericultura....hahahahha.

Dinda dando banana

Vendo os poalhaços












Essa viagem foi muito boa para matar saudade de várias pessoas que amo, que convivi quase que diariamente e que agora só vejo pelo facebook...rs..recarreguei as energias.

Iara além de conhecer várias adultos amigos da mamãe, conheceu dois pequeninos que espero que eles mantenham vínculo por muito tempo...espero que passem férias juntos e se cuidem como primos...o Chicão e o Omin...dois fofos que tive a oportunidade de paparicar ainda nos barrigões das lindas Lica e Beta, aliás, duas que viviam me dizendo que a próxima seria eu....e fui...Fizemos um passeio família pelo zoo e Lua a amiga mais velha, super cuidou dos pequenos. Eles se deram bem e isso foi delicioso de ver...fofinhos.

Que esse encontro se repita por muito tempo
Famílias queridas e cínicas


Quando o sol reapareceu, aproveitamos pra fazer uns passeios...fomos dar um rolé no Pelourinho, na Cruz do Pascoal, Porto da Barra, fui visitar alguns queridos na FUNDAC, teve um caruru delicioso, almoço aqui e ali, acarajé da Cira e muitos paparicos.

No Pêlo com a mãe
Com a dinda

Curtindo um fim de tarde no Porto da Barra

Vendo o Por do sol com a mamãe



Por causa das chuvas não foi possível ter banho de mar, mas teve apresentação e pedido de proteção.

Odoyá

Coisas de dindas.
Ah claro...teve exagero de dinda....imaginem que queríamos comprar uma piscininha daquelas de levar pra praia sabem?? Pois bem...procuramos, procuramos e nada....até que achamos umas um pouco maiores....e ai a dinda comprou...rs...vejam ai...mas tudo bem, nada a convence de que isso foi um exagero. Óh céus, fico pensando quando Iara for passar férias com ela em Salvador na minha ausência...o que me aguarda é engraçado e o que aguarda a Iara certamente é muita bagunça...vai ser divertido. Mas engraçado mesmo foi esvaziar essa bendita.




Em meio a todas as farras Iara completou 6 meses, com direito a bolo e bagunça...embora ela não pudesse experimentar a delícia do glacê...pôde se lambrecar com ele...Minha pequena está crescendo e já sabe várias coisas...rs.

Interessada no fogo

Metendo a mão no bolo


Foram muitos colos, muitos dengos, muitos paparicos e muitas fotos...ela ganhou até um ensaio com a tia Flávia...que ficou lindo.

Foto de Flávia Azevedo
Quanto mais colos disponíveis, dengos e mimos...mais o colinho da mamãe era solicitado...afinal, foi muita novidade para a pequenina, que até que se adaptou muito bem...dormiu bem (acoradava as 4 da manhã, mamava e dormia outra vez até as 6), tomou banho na bacia e no balde tranquilamente...descobriu como arrancar o chuveirinho e fez foi farra com isso...mamou bastante e na nossa introdução alimentar não curtiu muito a textura das frutas...fazia cara de nojo e estranhamento com os gostos...anunciando que iniciaríamos uma nova batalha de paciência.

A bendita da gengiva mobilizou muita gente, esses dentes que só irritam já faz um tempinho, incomodou um pouco, ela esfregava tudo na tentativa de acalmar...ganhou mordedor novo, ganhou cana pra coçar, mas até agora nada de dente...rs.

Iara se desenvolveu muito nesses 15 dias que passamos lá, a mudança mais significativa foi começar a se jogar pra pegar as coisas ou ir pro colo favorito...o meu...rs...ela dormia num colchão de casal e aprendeu a rodopiar por ele...abusando do seu espaço, a presença de Chicão também foi um ótimo estímulo...ela queria fazer o mesmo que ele fazia...se movimentar...e ela ficava balançando os bracinhos como quem queria segui-lo...mas vamos com calma...ainda está em tempo, quem sabe numa próxima visita eles consigam se interagir melhor, derrubando tudo na casa da dinda dela e da vó dele...rs...

Nossa primeira viagem para Salvador foi ótima, estamos prontas para fazer outras desse porte. Ficamos todos com saudades, o papai foi o mais prejudicado...ficou sem a pequenina...mas também teve um brinde de 15 noites seguidas que podiam ser dormidas por inteiro...rs...eu senti falta da ajuda dele que apesar de toda a ajuda recebida...ele também não se "incomoda" com o choro manhoso na hora de dormir.

Agradecimento especial a todas as visitas, chamegos, carinhos, apoio logístico (Ellys facilitou muito a nossa vida) e até uma próxima.Faltou ver um monte de gente...fica para a nossa próxima ída e para a vinda também...casa aberta sempre.

Para a dinda Lu, que é minha irmã, amora, amiga, confidente...muito obrigada pelo carinho, cuidado e pequena férias que me garantiu...rs.

Chegamos bem e agora casou a chegada com uma fase de aprendizados que deixam a sereinha bastante agitada e isso está nos rendendo noites mais picadas de sono....mas uma hora normaliza...ou não...rs.

Uma menininha descolada

Com 5 meses Iara aprimorou muito seus movimentos e já começou a entender a relação de causa e efeito. Agora ela rola pelas superfícies e já faz uma birrinha...daquelas de jogar braços e pernas e chorar....ah, tem uma que ela faz que mata...ela fecha os olhos e chora, um choro estranho...meio gritado....e não importa o que vc fizer, afinal, ela nem ta vendo mesmo....rs...quando me afasto, ela da logo um chorinho...chantagista...rs.

O mês de outubro foi bastante agitado, passeamos muito, aproveitamos a greve dos bancos pra mamãe fazer exames, consultas e umas passadinhas no salão...rs....pedimos desculpa por desfalcar alguns piquetes, mas era preciso cuidar de algumas coisas. Entre uma consulta e outra, fomos encontrar o papai na UFES, ele tava piquetando na agencia de lá...
Iara na Ufes, onde tudo começou

Recebemos visitas, primeiro foi o amiguinho João Vitor...ele e seus papis vieram nos visitar e foi uma tricotada só...as mamães estão passando pelos mesmos momentos, dúvidas e aprendizados...sei lá, ter amigas com as mesmas reflexões faz a gente se sentir mais normal...rs... O João também tem um blog e tem coisas sobre a visita lá no Blog do João
Iara e João Vitor

Depois recebemos a amiga/prima que agora mora em MG, Babi fez até uma paródia com o congo "Ia ia voce vai sim sim? Ia Ia voce vai não não?" kkkkkkkkkkkkkkk, figura. Aproveitamos a presença da pequena para fazermos passeios...fomos comer um caranguinho, ao Shopping, a Bienal do livro, contamos piadas, rimos das estórias e até nos molhamos na chuva. Na Bienal acho que me diverti mais que todo mundo...rs...ficaria olhando livrinho por livrinho...rs...
Apagou no rock

Amiga/prima Babi
Na Bienal com mamãe

Também foi o mês das viagens, primeiro papai viajou e ficamos sozinhas pela primeira vez...conversei com ela pra que ela ajudasse, já que nosso ajudante mor estaria fora...arrumei a cama (colocando-a encostada na parede) e fomos nós....lindamente colaborou e ficamos 3 dias bem, com saudades, mas bem.

Ela começou a entender a presença do Toy aqui em casa...o outro habitante que do alto de seus 13 anos vividos com essa família, conquistou regalias que somente a chegada de Iara pôde tirar....e ainda por cima, além de não dormir mais na cama...ele vai ter que servir de cavalinho, bichinho de pelúcia e outras coisinhas...rs.

Montando no Toy

Começamos também a introduzir frutinhas pra ela começar a se inteirar dos gostos e texturas, uma tarefa nada fácil...que exige muita calma e insistência.

Com nossa vuiagem para Salvador se aproximando, as pessoas começaram a fazer visitas pra se despedir da gente....confesso que estranhei....tem gente que passa bem mais de 15 dias sem nos ver e vinha visitar...comecei ter medo da viagem....é...eu agora tenho receio da morte. Bom, mas fomos nós e nossa viagem pra Salvador merece um post em separado.

E foi isso...um mês cheio de estímulos, passeios, movimentos, presentes, visitas e tudo e tal....

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dilema materno

A chegada da Iara me deixou um pouco confusa...rs...agora eu pondero, pondero mais um pouco e decido...ai pondero mais um pouquinho e ops...mudei de opinião...hahahahaha.

Assim está a difícil temática do trabalho. Eu, que não estava trabalhando quando descobri a gravidez, passei toda a gestação em casa curtindo o barrigão...curti mesmo, mas também fiquei um tanto nervosa com a situação...não por estar em casa, mas  porque eu quase nunca dependi do dinheiro de outros pra tocar minhas coisas e Thiago não é uma pessoa que faça questão de separar dívidas e ganhos e tals....sempre juntamos tudo por aqui, mas fazia falta ter um pouco mais de autonomia, não comprar tudo de bonitinho que eu via pelas lojas (num ponto isso foi ótimo, por que não exagerei...rs..), enfim a falta de rotina fora de casa me fez um pouco de falta na gravidez...eu gosto de psicar no trabalho, escrever coisas e projetos até tarde da noite, isso me distrai...de fato eu sou uma capricorniana e a questão não era exatamente dinheiro, era trabalhar. Sendo uma Alice isso foi ótimo pra que Iara tivesse um pouco de calmaria durante sua temporada na barriga da mamãe.

Passei a gravidez esperando algo rolar, mas beleza, em algum momento eu percebi que não tinha mais jeito...que o mundo ainda é machista (inclusive meus companheir@s) e ninguém empregaria uma grávida, afinal, rapidamente eu deixaria o trabalho e isso seria um enorme desperdício de tempo, dinheiro e tals....preciso dizer que isso me deixou muito magoada, perceber e sentir o preconceito das pessoas...sobretudo daquelas que deveriam combatê-lo me deixou um tanto quanto chateada...mas eu supero, sempre supero. 

Depois que minha pequenina nasceu, eu estava totalmente entregue...e de verdade, acho que fazia tempo que eu não me entregava de corpo e alma pra alguma coisa, assim foi com a maternidade...eu sou mãe, tenho curtido ser mãe e sempre estou em busca de algo que possa tornar essa tarefa mais fácil, mais divertida, prazerosa e memorável.

Mas....tempo desses uma amiga disse que me indicaria pra um trabalho, isso iniciou o processo de loucura na minha cabeça...Thiago e eu conversamos e resolvemos juntos que não, eu não trabalharia antes que Iara completasse seus 6 meses...já passamos por uma amamentação tão complexa que não queria atrapalhar ainda mais...nem queríamos deixar nossa bizuzu sem a gente tão novinha...rs...É, tem muito dengo nessa coisa toda....

Ok, decisão tomada...conversei com essa amiga (super amiga, aliás posso seguramente afirmar que essa é amiga) e ela muito objetiva me disse: "olha, essa coisa de separar uma hora vai chegar hein?!?"  Tá...mas não seria aquela hora, pensei com minhas teclas...rs.

Ai, outro dia cogitou-se outra possibilidade....lá fui eu com cara de "preciso de ajuda" pro Thiago...(ele concorda, apóia e argumenta favorável de tudo que eu decido nesse tema...rs, por isso que acho que to enlouquecendo ele também). Mas então...como agora ela já está perto de fazer 6 meses, comecei meio que a reavaliar essa decisão...rs e ai pensamos sobre ficar até ela fazer 1 ano.

Mas qual é o problema todo de ir trabalhar se tantas pessoas fazem isso, né mesmo? Pois é, eu nunca fui e agora sou menos ainda as outras tantas pessoas...

Ponderamos um tanto sobre acompanhar o desenvolvimento da pequenina passo a passo, sobre educar, cuidar dentro uma lógica e cultura de mundo que a gente acredita, sobre ela ter mais autonomia pra estar em ambientes com outras pessoas o dia inteiro (me arrepia a idéia de uma outra pessoa ensinando minha filha a ouvir música de gosto duvidoso...rs...dando comida de forma estranha..., por isso, babá não está nos planos de jeito nenhum). 

Ta, ta, ta...ela não vai viver numa bolha, nem vai ficar trancada em casa comigo, fazendo e conhecendo só o que eu quero...não, não é isso. Não se trata de ser superprotetora, mas ser um pouco mais presente. Só gostaríamos de participar mais do processo de formação dessa pessoinha aqui.

Mas ai logo em seguida vem um outro lado que quer sair, trabalhar, se estressar, reclamar do trabalho, reclamar de trabalhar tanto, ter férias e claro...ter dinheiro. Outra coisa que tem me pesado bastante para voltar a lida é que ficar tanto tempo fora dos circuitos não é bom. 

Conversei esse fim de semana com uma outra amiga que está na mesma situação e estamos nos mesmo dilemas: Sair? Se sair, sair quando? Se ficar, ficar até quando? Quando voltar, como será?

Bom, como não posso ficar protelando e depois resolver num piscar de olhos, afinal não se trata só de mim, mas do Thiago e da Iara...então enquanto não rola uma aportunidade eu vou pesquisando berçários, organizando a introdução alimentar, tentando me preparar...tudo pra que essas coisas práticas sejam minimizadas e que haja menos sofrimento possível.

Eu queria mesmo era descobrir uma habilidade secreta que me possibilite ficar em casa fazendo essa coisa e cuidando da Iara, bom se alguém tiver uma idéia, uma assessoria, algo assim...to aqui...posso mudar de idéia novamente...rs.

O fato é que pra hoje eu poder fazer essa ponderação toda sobre ir ou não ir, muitas mulheres tiveram que deixar seus filhos recém nascidos em creches, com babás, com outros filhos, com parentes...se virar pra ir pro trabalho, pra garantir esse espaço na sociedade às mulheres. Garantindo que hoje muitas mulheres possam dar uma pausa na carreira para engravidar, cuidar dos filhos e de casa sem que isso signifique perda de autonomia, pelo contrário, signifique a retomada por parte da mulher do poder de ser mãe e ao mesmo tempo ter profissão, opinião política e sem contudo se sentir frustrada por fazer essa pausa, porque ela é uma opção...ou não, afinal nós temos autonomia!

Opção de amor, de cuidado, de educação diferenciada e quer saber...até de custo...

Bom, estou me sentindo uma maluca que cada hora decide uma coisa....e por isso resolvi agora por último que vou cuidar dessas praticidades, para caso haja uma oportunidade eu possa sair sem me maltratar...mas se nada rolar...eu também não vou sair colocando curriculum por ai desesperadamente.

Difícil demais essas coisas...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pegar, explorar, se jogar e seguir conhecendo....

Olha, eu estou me amarrando nesse lance de acompanhar cada avanço e as pequenas vitórias de Iara. Pequena pra quem? É, a gente não tem idéia de como deve ser difícil controlar nosso corpo, já que só lembramos dele já controlado... Não filha, são vitórias gigantes.

Mas então, esse mês a Iara começou a aprender a dominar seu corpinho. Interessante como quando nascem as mãos ficam passando descontroladas na frente do rosto, chamávamos de ventiladorzinho...ela usava bem esse artifício...rs, depois os braços ficam mais calmos, descobriu as mãos, descobriu as pernas, e ops...achou os pézinhos...esse mês teve a descoberta dos pés, ficou apaixonada pelos gorduxinhos...mas ainda não consegue colocar na boca...é a boca que as vezes vai até eles...aliás, tudo vai direto pra boca...tudo mesmo...

 

Rolar virou uma coisa simples, ela dorme de bruços e agora consegue se virar com um pequeno impulso, mas isso já deu muito trabalho...primeiro tinha que ficar jogando o corpinho...rs...e agora já está começando a se arrastar pra pegar coisas, embora não goste muito de ficar no chão...


Ela acorda uma vez pra mamar de madrugada e depois acorda cedo...é o despertador do pai dela...rs...sempre chora e é assim que corremos pra acudir, mas agora tem uma nova forma de nos avisar que acordou de manhã...ela acorda, fica um tempinho lá de boa...se ninguém chegar, ela dá uns gritinhos...quando a gente chega ela está tipo tartaruguinha ou se virou e está brincando com o móbile. Linda.

A linguagem está cada vez mais desenvolvida e a fala é uma graça...tem uma vozinha fofinha...rs...ainda está nas vogais e sons estranhos de boca fechada e é uma gritona...mas bate papos enquanto mama, enquanto brinca e quando não quer dormir....o sorriso, ah o sorriso, esse continua lindo e cada vez mais arregalado...mas quando ela quer observar as pessoas e ficar séria, é muito engraçado. Ela não da trela logo de cara...rs.

Muito durinha, ela já fica uns tempinhos sentadinha sozinha e se eu pegar ela pelos quadris ela fica bem firme...já consegue ficar sentada sem ajuda na banheira e na cama, mas na cama ela joga o corpinho pra frente e fica apoiada nas pernas...rs...folgadinha...

Dia desses fui varrer a casa e deixei ela sentada dentro da almofada de amamentar, quando voltei ela estava terminando de se jogar pra frente, ficou em posição de gatinho e se arrastou até pegar o chocalho de borboletas que estava ao lado dela....caraca, fiquei super emocionada de ver minha pequenininha daquele jeito...aprendendo a ganhar o mundo...ownnnnn....





Esse mês também foi bastante cansativo...a gengiva dela parece incomodá-la, está inchada e Iara ta babando muito, vive com a mãozinha ou as duas na boca...a nossa também ajuda e tudo mais que conseguir pegar ajuda a dar uma coçadinha, mas isso deixou a pequenina muito irritada, chorando de nervoso e pelejando ainda mais para não dormir, brigando com o peito, comigo....afff....me cansei e fiquei meio chateada...precisei respirar fundo algumas vezes pra não perder a paciência. Um domingo desses já beirava as 16h a Dinda Bia me ligou e disse : Cumadi, tudo bem?? Respondi: NÃAAAAAAAAAAAOOOOO....tô com fome, não tomei banho ainda, Iara não tomou banho ainda e ela não me deixa....[...], ela mais que depressa veio nos socorrer...cara, é muito difícil e dá muito trabalho cuidar de um bebezinho.

Mas ai depois de respirar tudo se acalma e lá vem ela com seu sorrisão lindo...


A bichinha troca os brinquedinhos de mão, pega eles em outros espaços....começou a entender os lugares....acompanha tudo com muita atenção e vai que vai.

Passeamos bastante e esse mês foi de iniciar as atividades políticas...rs...participei da conferência das mulheres e a pobrezinha rodopiou de mão em mão...rs, dia desses foi até reconhecida na rua... "Ei Iara" falou uma mulher desconhecida...eu fiquei estranha, mas ok deixei pra lá....ai ela veio falar comigo...."oi, você estava na conferência, né? Eu lembro de vocês" ...rs... Ok, ela sabia o nome da Iara...hahahaha.

Esse mês foi assim...aprimorar movimentos, rir bastante, ficar irritada com a gengiva, arrasar pela rua, mamãe babar, babar e babar...rs....

Dia desses reli um texto e também recebo boletins semanais de desenvolvimento dos bebês...e embora eu também ache que cada bebezinho é um serzinho com sua própria história e não dá pra ser rígido com isso de boletins...é interessante acompanhar o desenvolvimento e ver que ela faz tudo na fase prevista...é curioso porque seguimos uma linha de aprimoramento... o fato de ter várias amigas e amigos com filhotes...é, somos adultos...possibilita ver como os pequeninos são sagazes.

Sereia que é, adora um bainho.

domingo, 11 de setembro de 2011

Colo é uma delícia e faz bem

Uma mãe mandou esse texto pra lista e ele fala no geral sobre a cólica, mas sobretudo, sobre cuidado e carinho. Achei interessante e resolvi postar aqui, nem é pra justificar nada, porque de colinho pra Iara nós não abriremos mão, mas pode ajudar alguns a mudarem de idéia.

Sim, a Iara tem colo toda vez que quer, nós nem damos muito tempo pra ela reclamar, nós ficamos com ela no colo por gostar do corpinho pequenino coladinho no nosso, ela dorme na nossa cama e não tem ninguém que seja capaz de nos convencer que criança precisa chorar.



A cólica - Por Dr. González



Os bebês ocidentais costumam chorar bastante durante os primeiros meses, o que se conhece como cólica do lactente ou cólica do primeiro trimestre. Cólica é a contração espasmódica e dolorosa de uma víscera oca; há cólicas dos rins, da vesícula e do intestino. Como o lactente não é uma vesícula oca e o primeiro trimestre muito menos, o nome logo de cara não é muito feliz. Chamavam de cólica porque se acreditava que doía a barriga dos bebês; mas isso é impossível saber. A dor não se vê, tem de ser explicada pelo paciente. Quando perguntam a eles: “por que você está chorando?”, os bebês insistem em não responder; quando perguntam novamente anos depois, sempre dizem que não se lembram. Então ninguém sabe se está doendo a barriga, ou a cabeça, ou as costas, ou se é coceira na sola dos pés, ou se o barulho está incomodando, ou simplesmente se estão preocupados com alguma notícia que ouviram no rádio. Por isso, os livros modernos frequentemente evitam a palavra cólica e preferem chamar de choro excessivo na infância. É lógico pensar que nem todos os bebês choram pelo mesmo motivo; alguns talvez sintam dor na barriga, mas outro pode estar com fome, ou frio, ou calor, e outros (provavelmente a maioria) simplesmente precisam de colo.

Tipicamente, o choro acontece sobretudo à tarde, de seis às dez, a hora crítica. Às vezes de oito à meia-noite, às vezes de meia-noite às quatro, e alguns parecem que estão a postos vinte e quatro horas por dia. Costuma começar depois de duas ou três semanas de vida e costuma melhorar por volta dos três meses (mas nem sempre).
Quando a mãe amamenta e o bebê chora de tarde, sempre há alguma alma caridosa que diz: “Claro! De tarde seu leite acaba!”. Mas então, por que os bebês que tomam mamadeira têm cólicas? (a incidência de cólica parece ser a mesma entre os bebês amamentados e os que tomam mamadeira). Por acaso há alguma mãe que prepare uma mamadeira de 150 ml pela manhã e de tarde uma de 90 ml somente para incomodar e para fazer o bebê chorar? Claro que não! As mamadeiras são exatamente iguais, mas o bebê que de manhã dormia mais ou menos tranquilo, à tarde chora sem parar. Não é por fome.

“Então, por que minha filha passa a tarde toda pendurada no peito e por que vejo que meus peitos estão murchos?” Quando um bebê está chorando, a mãe que dá mamadeira pode fazer várias coisas: pegar no colo, embalar, cantar, fazer carinho, colocar a chupeta, dar a mamadeira, deixar chorar (não estou dizendo que seja conveniente ou recomendável deixar chorar, só digo que é uma das coisas que a mãe poderia fazer). A mãe que amamenta pode fazer todas essas coisas (incluindo dar uma mamadeira e deixar chorar), mas, além disso, pode fazer uma exclusiva: dar o peito. A maioria das mães descobrem que dar de mamar é a maneira mais fácil e rápida de acalmar o bebê (em casa chamamos o peito de anestesia), então dão de mamar várias vezes ao longo da tarde. Claro que o peito fica murcho, mas não por falta de leite, mas sim porque todo o leite está na barriga do bebê. O bebê não tem fome alguma, pelo contrário, está entupido de leite.

Se a mãe está feliz em dar de mamar o tempo todo e não sente dor no mamilo (se o bebê pede toda hora e doem os mamilos, é provável que a pega esteja errada), e se o bebê se acalma assim, não há inconveniente. Pode dar de mamar todas as vezes e todo o tempo que quiser. Pode deitar na cama e descansar enquanto o filho mama. Mas claro, se a mãe está cansada, desesperada, farta de tanto amamentar, e se o bebê está engordando bem, não há inconveniente que diga ao pai, à avó ou ao primeiro voluntário que aparecer: “pegue este bebê, leve para passear em outro cômodo ou na rua e volte daqui a duas horas”. Porque se um bebê que mama bem e engorda normalmente mama cinco vezes em duas horas e continua chorando, podemos ter razoavelmente a certeza de que não chora de fome (outra coisa seria um bebê que engorda muito pouco ou que não estava engordando nada até dois dias atrás e agora começa a se recuperar: talvez esse bebê necessite mamar muitíssimas vezes seguidas). E sim, se pedir para alguém levar o bebê para passear, aproveite para descansar e, se possível, dormir. Nada de lavar a louça ou colocar em dia a roupa para passar, pois não adiantaria nada.

Às vezes, acontece de a mãe estar desesperada por passar horas dando de mamar, colo, peito, colo e tudo de novo. Recebe seu marido como se fosse uma cavalaria: “por favor, faça algo com essa menina, pois estou ao ponto de ficar doida”. O papai pega o bebê no colo (não sem certa apreensão, devido às circunstâncias), a menina apoia a cabecinha sobre seu ombro e “plim” pega no sono. Há várias explicações possíveis para esse fenômeno. Dizem que nós homens temos os ombros mais largos, e que se pode dormir melhor neles. Como estava há duas horas dançando, é lógico que a bebê esteja bastante cansada. Talvez precisasse de uma mudança de ares, quer dizer, de colo (e muitas vezes acontece o contrário: o pai não sabe o que fazer e a mãe consegue tranquilizar o bebê em segundos).

Tenho a impressão (mas é somente uma teoria minha, não tenho nenhuma prova) de que em alguns casos o que ocorre é que o bebê também está farto de mamar. Não tem fome, mas não é capaz de repousar a cabeça sobre o ombro de sua mãe e dormir tranqüilo. É como se não conhecesse outra forma de se relacionar com sua mãe a não ser mamando. Talvez se sinta como nós quando nos oferecem nossa sobremesa favorita depois de uma opípara refeição. Não temos como recusar, mas passamos a tarde com indigestão. No colo da mamãe é uma dúvida permanente entre querer e poder; por outro lado, com papai, não há dúvida possível: não tem mamá, então é só dormir.

Minha teoria tem muitos pontos fracos, claro. Para começar, a maior parte dos bebês do mundo estão o dia todo no colo (ou carregados nas costas) de sua mãe e, em geral, descansam tranquilos e quase não choram. Mas talvez esses bebês conheçam uma outra forma de se relacionar com suas mães, sem necessidade de mamar. Em nossa cultura fazemos de tudo para deixar o bebê no berço várias horas por dia; talvez assim lhes passemos a idéia de que só podem estar com a mãe se for para mamar.

Porque o certo é que a cólica do lactente parece ser quase exclusiva da nossa cultura. Alguns a consideram uma doença da nossa civilização, a consequência de dar aos bebês menos contato físico do que necessitam. Em outras sociedades o conceito de cólica é desconhecido. Na Coreia, o Dr. Lee não encontrou nenhum caso de cólica entre 160 lactentes. Com um mês de idade, os bebês coreanos só passavam duas horas por dia sozinhos contra as dezesseis horas dos norteamericanos. Os bebês coreanos passavam o dobro do tempo no colo que os norteamericanos e suas mães atendiam praticamente sempre que choravam. As mães norteamericanas ignoravam deliberadamente o choro de seus filhos em quase a metade das vezes.

No Canadá, Hunziker e Barr demonstraram que se podia prevenir a cólica do lactente recomendando às mães que pegassem seus bebês no colo várias horas por dia. É muito boa idéia levar os bebês pendurados, como fazem a maior parte das mães do mundo. Hoje em dia é possível comprar vários modelos de carregadores de bebês nos quais ele pode ser levado confortavelmente em casa e na rua. Não corra para colocar o bebê no berço assim que ele adormecer; ele gosta de estar com a mamãe, mesmo quando está dormindo. Não espere que o bebê comece a chorar, com duas ou três semanas de vida, para pegá-lo no colo; pode acontecer de ter “passado do ponto” e nem no colo ele se acalmar. Os bebês necessitam de muito contato físico, muito colo, desde o nascimento. Não é conveniente estarem separados de sua mãe, e muito menos sozinhos em outro cômodo. Durante o dia, se o deixar dormindo um pouco em seu bercinho, é melhor que o bercinho esteja na sala; assim ambos (mãe e filho) se sentirão mais seguros e descansarão melhor.

A nossa sociedade custa muito a reconhecer que os bebês precisam de colo, contato, afeto; que precisam da mãe. É preferível qualquer outra explicação: a imaturidade do intestino, o sistema nervoso... Prefere-se pensar que o bebê está doente, que precisa de remédios. Há algumas décadas, as farmácias espanholas vendiam medicamentos para cólicas que continham barbitúricos (se fazia efeito, claro, o bebê caía duro). Outros preferem as ervas e chás, os remédios homeopáticos, as massagens. Todos os tratamentos de que tenho notícia têm algo em comum: tem de tocar no bebê para dá-lo. O bebê está no berço chorando; a mãe o pega no colo, dá camomila e o bebê se cala. Teria seacalmado mesmo sem camomila, com o peito, ou somente com o colo. Se, ao contrário, inventassem um aparelho eletrônico para administrar camomila, ativado pelo som do choro do bebê, uma microcâmera que filmasse o berço, um administrador que identificasse a boca aberta e controlasse uma seringa que lançasse um jato de camomila direto na boca... Acredita que o bebê se acalmaria desse modo? Não é a camomila, não é o remédio homeopático! É o colo da mãe que cura a cólica.

Taubman, um pediatra americano, demonstrou que umas simples instruções para a mãe (tabela 1) faziam desaparecer a cólica em menos de duas semanas. Os bebês cujas mães os atendiam, passaram de uma média de 2,6 horas ao dia de choro para somente 0,8 horas. Enquanto isso, os do grupo de controle, que eram deixados chorando, choravam cada vez mais: de 3,1 horas passaram a 3,8 horas. Quer dizer, os bebês não choram por gosto, mas porque alguma coisa está acontecendo. Se são deixados chorando, choram mais, se tentam consolá-los, choram menos (uma coisa tão lógica! Por que tanta gente se esforça em nos fazer acreditar justo no contrário?).

Tabela 1 – Instruções para tratar a cólica, segundo Taubman (Pediatrics 1984;74:998)
1- Tente não deixar nunca o bebê chorando.
2- Para descobrir por que seu filho está chorando, tenha em conta as seguintes possibilidades:
a- O bebê tem fome e quer mamar.
b- O bebê quer sugar, mesmo sem fome.
c- O bebê quer colo.
d- O bebê está entediado e quer distração.
e- O bebê está cansado e quer dormir.
3- Se continuar chorando durante mais de cinco minutos com uma opção, tente com outra.
4- Decida você mesma em qual ordem testará as opções anteriores.
5- Não tenha medo de superalimentar seu filho. Isso não vai acontecer.
6- Não tenha medo de estragar seu filho. Isso também não vai acontecer.

No grupo de controle, as instruções eram: quando o bebê chorar e você não souber o que está acontecendo, deixe-o no berço e saia do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando, torne a entrar, verifique (um minuto) que não há nada, e volte a sair do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando etc. Se após três horas ele continuar chorando, alimente-o e recomece.

As duas últimas instruções do Dr. Taubman me parecem especialmente importantes: é impossível superalimentar um bebê por oferecer-lhe muita comida (que o digam as mães que tentam enfiar a papinha em um bebê que não quer comer); e é impossível estragar um bebê dando-lhe muita atenção. Estragar significa prejudicá-lo. Estragar uma criança é bater nela, insultá-la, ridicularizá-la, ignorar seu choro. Contrariamente, dar atenção, dar colo, acariciá-la, consolá-la, falar com ela, beijá-la, sorrir para ela são e sempre foram uma maneira de criá-la bem, não de estragá-la.

Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos... Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais , ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão ou no hospício porque não tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crônico , parece ser a maior preocupação de nossa sociedade. E se não, amiga leitora, relembre e compare: quantas pessoas, desde que você ficou grávida, avisaram da importância de colocar protetores de tomada, de guardar em lugar seguro os produtos tóxicos, de usar uma cadeirinha de segurança no carro ou de vacinar seu filho contra o tétano? Quantas pessoas, por outro lado, avisaram para você não dar muito colo, não colocar para dormir na sua cama, não acostumar mal o bebê?

Lee K. The crying pattern of Korean infants and related factors. Dev Med Child Neurol. 1994; 36:601-7
Hunziker UA, Barr RG. Increased carrying reduces infant crying: a randomized controlled trial. Pediatrics 1986;77:641-8
Taubnan B. Clinical trial of treatment of colic by modification of parent-infant interaction. Pediatrics 1984;74:998-1003

Do livro Un regalo para toda la vida- Guía de la lactancia materna, Carlos González.

Tradução: Fernanda Mainier
Revisão: Luciana Freitas

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

É preciso fazer escolhas


Motivada por uma discussão que volta e meia retorna na lista, a chupeta, resolvi escrever algumas coisas sobre nossas escolhas.

O fato é que tudo pode ter uma explicação razoável e pode ter seguidores ferrenhos, a ciência também muda de opinião com frequência e oscila em opostos, então acho que acima de qualquer coisa, pais informados, tomando decisões pelos seus filhos, devem ser respeitados. Claro, posso não concordar, posso até tentar convencer de outra opinião, mas preciso respeitar o direito do outro de tomar suas decisões, aliás, tenho que aplaudir por serem capazes de tomar decisões que as vezes vão de encontro ao que a maioria faz.

Aqui, nós fizemos algumas conversas sobre alguns assuntos, aceitamos algumas posturas mais comuns, mas também fomos duros em algumas decisões. É chato ver gente te olhando com cara de estranhamento, mas depois você pensa: "Ah, eu to segura do que to fazendo, então que olhem estranho". Penso coisa feia também...hahaha.

Assim foi quando optamos por dar o leite no "fingger" pra Iara. Ouvi gente dizer que era nojento a forma como fazíamos pra alimentar a pequenina. Duro né?!? Pois é. Uma profissional que nos acompanhava me perguntou se eu não achava que o fingger tinha a mesma função que a chuquinha, respondi pra ela. Olha, pode até ter, mas nós preferimos dar o nosso corpo (dedo) como forma de interação, carinho, enfim.... Ela pensou uns segundo e me disse: "Nossa, nunca tinha pensado nisso". Tem gente que numa ocasião dessas escolhe a chuquinha por n motivos. Que seja, mas pode ser diferente.

Ela teve suas crises de cólicas, tentamos segurar só com massagens, carinhos e calma. Não deu, precisamos de remédios. Lá pra uma certa altura pensamos: Porque pode remédio industrial e não pode chá? Resolvemos dar cházinho.

Chupeta ou dedo? Também fizemos esse questionamento sobre problemas com a dentição, sobre a higiene, a duração do vício, o controle do vício e incrivelmente chegamos a uma definição contrária a do uso do  fingger, era melhor dar uma borracha. Ponderamos que o dedo é muito mais difícil de controlar a higiene (mão no chão, dedo na boca), o vício (pessoas chupam dedos por mais tempo), a dentição tem problema com o uso dos dois mesmo. Compramos uma chupeta nova, que a parte que fica na gengiva é 6x mais fina que as demais, que é macia, que o movimento pra chupar é semelhante ao de mamar, e tudo e tal... e o que ela fez, odiou. Para nossa sorte, ela não gosta da chupeta e não chupa mais dedo...coloca a mãozinha toda na boca aparentemente pra coçar os dentinhos e passou dessa fase de sucção desvairada...rs.

Um belo dia colocamos ela pra dormir de bruços, numa tentantiva de melhorar o sono que estava leve e assustado e voilà ela dormiu feito um anjo. Tentamos colocar de barriga pra cima e ela acordava várias vezes, de bruços e sono profundo. Decidimos deixar de bruços. Quando contei pra pediatra, ela teve um treco e disse que de jeito nenhum podíamos deixar ela dormir assim. Oh não, lá fomos nós pesquisar coisas e coletar opiniões. Nessa noite ela dormiu de bruços, mas nós, mal pregamos o olho...ponderamos mais um bucado e assim pensamos. Veja, há alguns poucos anos atrás a posição mais indicada para evitar morte de bebês durante o sono era exatamente de bruços. A ciência mudou de opinião, mas a Iara gosta de dormir assim, dorme beeeem melhor assim. Embora eu tente colocá-la de outro jeito, é de bruços que ela dorme melhor. Não ficamos mais psicopatas olhando de minuto em minuto, mas ela usa um travesseirinho furadinho (que se regurgitar, não fica acumulado) e ficamos atentos aos barulhinhos a noite. Cuidado, o mesmo que teríamos de qualquer jeito, mas assusta um pouco a forma como é colocado pra gente.

Por sorte a pediatra de Iara é uma médica que não é da via que da logo uns remédinhos pra resolver, ela observa e acalma. Ela explicou que os sintomas pra bebês são sempre muito parecidos, por isso é importante observar cada detallhe. Nós gostamos muito disso, porque remédios não fazem bem pra nosso corpo, quem dirá pra o de um bebê.

É preciso acreditar e estar seguro do que se faz porque é uma responsabilidade e tanto decidir cada coisinha na vida de uma pessoa. Mas não tem jeito, é uma coisa que precisa ser feita com muita tranquilidade, porque não é um brinquedo, é de verdade e tem implicações. 

Embora possa te parecer estranho alguns comportamentos e decisões, não faça cara de nojo, escute, debata e considere que existem vários caminhos. Principalmente se você estiver lidando com uma grávida ou uma recém parida, você pode provocar danos emocionais graves. Segure a língua e faça diferente quando for sua vez, se é que vai querer ter vez. Pronto falei.

E a nós, pais ativos, cabe assumir as posições e decisões tomadas, buscar as informações sempre, pois elas mudam demais e seguir a vida, cada dia uma nova tarefa, um novo acontecimento e pode ter uma decisão a ser tomada. Não tenho medo de defender nossas escolhas e quero que elas sejam respeitadas. Um dia a Iara pode discordar de tudo o que fizemos, mas saberá que foi na maior das vontades de acertar e foi com convicção.


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Estamos liberadas



Hoje, dia 31 de agosto fomos pra mais uma visita ao Banco de Leite do HDS. Como sempre a equipe muito atenta e carinhosa conosco, brincaram com Iara, falaram das pernocas e conversamos um pouco de como está nossa rotina. 

A coordenadora, que é quem nos atende, conversou um pouco sobre a recuperação de Iara, me mostrou que ela encontrou um canal de desenvolvimento...ela vem numa reta já há 2 meses, explicou que agora não faremos mais controle semanal, que não é muito relavante o ganho diário...mas sim o ganho mensal, que é importante evitar comparações, porque cada bichinho desse tem seu próprio desenvolvimento, que o peso de Iara está perfeito, não precisa de mais, nem de menos...que mesmo enfrentando um resfriado, ela manteve o ganho de peso, que notavelmente ela é esperta e está super bem. Tudo isso pra me dizer que agora podemos fazer o controle normal de peso, uma vez por mês e que pode ser na consulta de rotina. 

Confesso que apesar de gostar muito das nossas visitas e conversas, estava torcendo pra chegar a última visita de rotina, porque isso significaria nossa autonomia. A equipe se despediu de Iara, tiramos fotos e fomos parabenizadas. Prometi voltar pra levar as fotos e pra tirar com o restante da equipe que estava lá na sala de tratamento do leite e não podia sair...se despediu da porta...rs.

Mas sim, alguns devem pensar na frieza do cotidiano que a tarefa da equipe foi realizada e isso basta. Mas aqui no nosso cantinho, somos muito, muito, muito gratas. O acolhimento é fundamental quando se está no desespero da dificuldade, muito ajudado pelos hormônios que ficam pra lá de loucos. Fomos adotadas por 3 meses com visitas semanais ao Banco de Leite. Desde 01 de junho que o Banco de Leite virou uma atividade na nossa vida.

Desde então só tivemos ganho de peso e melhora no quadro de amamentação. No dia 01 de agosto, que o Leite Materno ficou exclusivo, poderíamos ter parado com as visitas, mas então tínhamos que controlar o peso...ela logo ficou uma semana sem ganhar peso e depois entrou no eixo e manteve sua linha de desenvolvimento.

Hoje carinhosamente nos explicaram sobre a introdução alimentar. A explicação foi mais ou menos assim: "Sabe as índias? Que ficam com os bebês pendurados, mamando o quanto querem, a hora que querem e onde querem? (amamentação exclusiva e em livre demanda) Pois é, elas fazem tudo com os bebês pensurados ali, inclusive comer na sua cumbuquinha. Uma hora o bebê se desenvolve, fica espertinho e descobre o mundo. Começa a botar a mão em tudo, inclusive na cumbuquinha da mãe, ela não liga e ele vai pegando e colocando na boca. Uma hora ela percebe que precisa fazer a cumbuquinha dele, porque senão ela não come. Ai faz a dele, mas igual a dela...e é assim. O Bebê vai comer o que você come. Nós estamos tentando reaprender com nossas origens, de onde nunca deveríamos ter abandonado alguns hábitos."


Achei super fofa a maneira de explicar, além de fofa...é isso...não existe novidade nenhuma. As índias amamentam por anos, usam slings, não fazem papas, menos ainda as compra...rs...(aquelas papinhas de mercado são feias)...enfim...nossas origens.


Estamos autônomas, conquistamos nossa autonomia, fechamos um ciclo, eu, a leitessuguinha linda, o papai e todo mundo que se envolveu, deu força, pitaco, torceu e tals.


Muito obrigada a equipe do BLH do Dório, foram especialmente queridas.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A onda agora é conhecer e rir

Família fechando/abrindo mais um mês


Fazendo 4 meses e uma coisa bem interessante, Iara parece entender que já não está mais na barriga e está super curiosa e eu já não sinto mais falta da pança. Hormônios acalmados e estamos super curtindo as descobertas.

Esse mês a nova moda foi ser carregada olhando pra frente, conhecer o mundo e descobrir tudo. Desde sempre muito decidida, qualquer outra posição é motivo de briga e manifestação forte. É assim dentro de casa, no sling, na rua, na feira, no supermercado...fica dando pinta por ai...rs...dia desses sai do banco de leite e resolvi vir pra casa a pé pela Av. Central...olhando lojas e tal, ela estava no sling virada pra frente, eu to vendo que todo mundo passava, olhava pra ela e ria...pensei que era aquela reação normal das pessoas felizes...rir pra crianças. Até que uma passou e me falou...nossa como ela está rindo. Ai fui olhar numa vitrine e ela estava panfletando risadas pela Central....certamente alegrou o dia de alguém. Quem não se alegraria em receber gratuitamente um sorriso desses?

Sorriso gostoso


Papai mostrando os cágados
Nós sempre saímos bastante, viajamos e tudo, mas esse mês em especial fizemos saídas a passeio. Passeios que agora, além de tirar a mamãe de dentro de casa, despertam sentidos na pequenina. O encantamento com o novo é sempre algo muito lindo de se observar. Fomos ao Parque da Pedra da Cebola que é incrível pra crianças, cheio de bichos, cores, crianças, avião...rs...tudo colabora no desenvolvimento sensorial do bebê. Adoramos a Pedra da Cebola e devemos fazer mais vezes. O dia foi ainda mais agradável porque encontrei uma amiga que estava com seu esposo e filhote...nosso primeiro passeio de família. Super legal.




Pernocas

Mamãe carregando igual saquinho












Charlamos no Parque da cidade, apesar de lindo foi uma corrida de obstáculos pra chegar lá...calçadas desniveladas, com mesas, coisas estacionadas...enfim...sem nenhuma acessibilidade. Quando chego no parque um tapa: a entrada é por uma linda e rústica escada de madeira, afff...assim num dá, ainda bem que tinha uma turminha de adolescentes de me ajudaram com o carrinho. Fomos também ao cinema ver uma sessão do CineMaterna que no caso foi CinePaterna...rs...vimos Smurfs, Iara ficou super de boa no cinema, mamou, dormiu, ficou olhando pra tela grande de luz e pretendo ir a outras sessões.


CineMaterna
Parque da cidade - Serra












Atividades voltadas para mães com seus filhotes são ótimas, por que nos tiram da rotina da casa que é uma delícia, mas é legal sair pra não ficar chato. Essas saídas nos aproxima de outras mães...onde inevitavelmente trocamos figurinhas e isso é super valioso quando se está aprendendo tudo. Como aqui no ES não existe quase nada voltado para mães com filhotes, tenho tentado sair de casa por conta própria, sem atividade específica, pra oxigenar minha cabeça e claro, pra que Iara conheça o mundo. Ela é super curiosa e atenta.


Embora ela não entenda nada disso e Thiago não seja muito ligado à datas, tenho certeza que ele ficou todo bobo de receber os parabéns no seu primeiro dia dos pais...dava pra ver...rs.


Esse mês também fez um ecocardiograma, ela estava chiando logo que chorava forte...a pediatra verificou os pulmões e eles estavam limpos, pra certificar-se pediu esse exame. Ai que saco! Coisa difícil e penosa é fazer jejum em criança, pior ainda é não deixá-la dormir. Resumo: Iara ficou toda irritada e com razão, eu também ficaria. Aliás, esse dia começou cedo e bombando...eu levei um tombo da poltrona de amamentar...estava com ela no colo, por reflexo segurei-a tão firme que ela mal se assustou, mas eu fiquei com a cabeça explodindo o dia inteiro e com ela irritada, chorando, minha cabeça só doia mais ainda. Bom, a médica tentou fazer o exame sem sedação, mas ela resolveu conversar e não ficava paradinha...sedou a bichinha...ela sedada dava uns tapas na mão da médica...rs...AI QUE DIA HORRÍVEL! Mas o que importa é: o exame não acusou nada de errado.

Sempre gostamos de receber visitas e isso vem das nossas famílias, casas sempre cheias. Desde que ela nasceu eram visitas tranquilas, mas esse mês começaram os almoços agitados de domingo. Nada de babilônia, mas festinhas que ela tem participado e ficado até tranquila. Acho importante ela não só se acostumar, como gostar dessa cultura...isolamento faz mal.

Ah, se lembra das cólicas? Passou a fase, durou de 1 mês e pouquinho até 3 meses, com a ajuda do cházinho foi-se embora.

Na onda dos estímulos, ela agora fica mais tempo no chão, apesar de que pra ela a posição de bruços é pra dormir...rs..., mas ela faz um esforcinho. Ela gosta mesmo é de fazer força pra se levantar dos travesseiros, parece até que vai conseguir. Mas o Toy que se cuide que em breve ela estará catando ração na vasilha dele. Compramos o tapetinho para ajudar a distrair a sereinha, ela se amarrou no solzinho que é crocante. Fica lá brincando enquanto posso até lavar roupaas, adorei a novidade.

Tapete ginásio

Essa última semana ela pegou um resfriadinho, essa mudança louca de temperatura não nos deixou ilesas e ela está com o narizinho entupido, resmungona, dengosa, mamando sem parar. Virei a chupeta, o descongestionante e o cobertor de orelhas...adorei a parte do dengo, mas ver a pequenina dodói é péssimo.

Meus cabelos estão caindo loucamente, mas tudo bem, já sei que é normal. Os dela, já tinha caído toda a parte de cima...tava com o cabelo igual de frade...rsrsrsrs, agora que a crosta lactea (casquinha no couro cabeludo) já saiu toda, os cabelinho de cima estão crescendo e os de baixo caindo. 

Mas mesmo dodóizinha ela é a nova mala velha do pedaço e se acaba de rir por tudo e já faz um tempinho que ela gargalha, aquelas deliciosas risadinhas de crianças. Então, hoje no quarto mesiversário dela, o presente é nosso. Gargalhadas com Iarinha.



Mês de muitas mudanças, crescimentos, desenvolvimentos. Algumas mães voltam ao trabalho agora, nessa hora em que o bebê precisa tanto da gente. Eu estaria péssima se tivesse que voltar a trabalhar agora. Melhor ficar mais um pouquinho com a pequetita.

Ah, desde o dia 01/08 ela tomou LA somente duas vezes. Estamos nos entendendo super bem. Aparentemente ela não será um bebê balofinho, mas está ótima e isso não é de fato o mais importante. Estou aprendendo a respeitar o seu andamento. Saudável, esperta e linda, ela é nosso amor.

Fechou o  mês conseguindo se virar sozinha na cama...opa...muito movimento nos espera!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Carinhos e afagos


Muito querida por tod@s, Iara é uma criança que ganha sorrisos onde chega e agora ela também os doa. Paparicada, dengada, carregada e também muito presenteada. Ela ganha de um tudo...afagos, roupas, livros, brinquedos, enfeites, carinhos, carinhos, carinhos, ouve todos os dias que ela é o presente mais especial das nossas vidas, que é a coisa mais linda do mundo e que seu sorriso tem o poder de encantar e acalmar. Hoje ganhou esse lindo presente literário.



Iarinha
Iara
Tão forte no nome
Serás forte na estrada
Bela como flor
Cheirosa como o vento
Brinca com a vida Iarita
e nos ensine a doce e singela forma de amar
Afague-nos com sua sabedoria infantil
e nos torne aprendizes da vida
Tia Raniely Do Nascimento Kiihl
 
A nós, cabe agradecer cada presente, cada carinho, cada afago, a aprender e a concordar, ela é linda!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pouco de suas graças.

Iara com movimento

Ela se diverte no banho


Troca idéia com a mamãe durante as mamadas



Toma bainho de balde



Faz força



Conversa com o espelho



Super espertinha essa sereia linda.

sábado, 13 de agosto de 2011

Parabéns papai.



Logo que chegou ao quarto com Iara nas mãos ele me disse: “ela é linda”.
  

 Não basta ser pai, tem que participar.
 FELIZ DIA DOS PAIS.

Papai carregando nosso pacote colorido;

 

Foi o papai quem limpou o primeiro coco; 




Em casa foi o papai que deu o primeiro banho;



Tivemos muitos problemas com a amamentação, e ele só não esteve o tempo todo ao meu lado nas tentativas, na idéia de amamentar, no esforço de tornar essa experiência algo bonito e de cumplicidade, no apoio nessa decisão, no carinho e na segurança de que estava fazendo a coisa certa, como também “amamentou” e fez parte da nossa vitória.

Papai “amamentando”;




Papai emocionado com o aprendizado da pequena;




Ele acorda de madrugada pra verificar se está tudo correndo bem e vigia o sono;




Dorme junto;
Ele leva pra passear;




Faz rir;




Leva a praia;
 


Faz várias outras coisas...isso é só pra resumir.

Parabéns papai, você está se saindo muito bem nessa tarefa, tenho certeza que Iara terá muito orgulho de você. Nosso beijinho carinhoso.

Amamos você!