Dia de praia em família |
Estamos chegando aos dois anos de
nossa sereia, em menos de um mês ela terá seus “cois” aninhos.
Essa temida fase das birras,
pirraças e disputas está batendo forte por aqui. Aliás, essa semana houve teste
de paciência para todos os lados. Pai, mãe, tia vó, dinda, todos sendo testados
pela boa e velha pirraça. Mas mesmo que as vezes pensemos que vamos perder as
estribeiras, o bom e também velho, diálogo tem sido arma para resolver e
acalmar os ânimos na nossa casa.
É muito difícil que nós, adultos,
possamos nos sujeitar a debater algumas coisas com crianças. É difícil porque
não é assim que normalmente é feito nessa nossa cultura. Há até quem diga que isso não é saudável, mas
não estamos falando de se justificar para crianças (mas se isso for necessário,
qual mal há?), estamos falando de explicar motivos reais para que algo seja ou
não feito. Uma coisa que me incomoda é o “sim, porque sim”, tudo nessa vida tem
explicação e achamos por aqui que é salutar não criar nossa filha envolta nas
dúvida e na obediência cega. A Iara é uma criança muito esperta, observadora e
nos surpreende com sua capacidade de entender alguns diálogos. Que bom que
estamos nos propondo a fazê-lo.
Esses dias alguns episódios me
deram a prova de que não existe receita e que o diálogo é a base para uma
criação respeitosa. Ela, ao voltar para a realidade, pode perceber que ninguém
estava querendo lhe impor algo, mas sim conversar sobre sua atitude (jogada no
chão, se debatendo e gritando). Por três oportunidades diferentes, ela se
acalmou, pediu desculpas e dormiu em seguida. Matando os pais.
Mas todos episódios estavam
envolvendo o sono dela. Ela fica insuportável quando não aguenta mais de sono e
também não quer dormir. Das duas uma, ou ela procura até achar um motivo para
pirraçar, ou ela dá gargalhadas deliciosas de qualquer coisa. Preferimos as
gargalhadas, obviamente.
Mas nós também preferimos
entender o “Terrible Two” como uma fase que passará e dará lugar a outra, e
outra, e outra fase permeada de suas próprias crises e dilemas. Mas com tudo
isso vamos exercitando nossa capacidade de ouvir e entender seu jeitinho ainda
em miniatura.
Cara porca de Iara |
O “Terrible Two” não tem
conseguido nos cegar para as delícias dessa idade. Iara está cada dia mais
figurinha e cada dia nos deixa mais de boca aberta com sua vivacidade e
lindeza. Sim, nós somos mesmo dois pais babões e não conseguimos passar um dia
sequer sem dizer que ela é a coisa mais linda do mundo.
Embora ela esteja em creche desde
quando tinha 1 ano e 6 meses, fazemos muita questão de não superestimular a
pequena. E vez ou outra somos surpreendidos com alguma novidade que ela nos
apresenta. Já questionei a creche e não há nenhuma tentativa de avançar etapas,
nada de alfabetização precoce. Então só o que encontramos como explicação são
as musiquinhas e programas que ela assiste.
Ela é uma figura interessante,
mostra sua personalidade em coisas aparentemente banais. Mas ela não é uma
pessoa que fica tentando até conseguir, ela observa e quando tenta fazer é
muito provável que consiga. Assim foi com o andar por exemplo, ela não foi
criança de levantar e cair...ela quando levantou, andou. Assim é com outras
coisas no dia a dia.
Dia desses ela mamando deu uma
cerradinha nos dentes e doeu, falei um ainnn dolorido e ela soltou o peito, me
olhou com preocupação e perguntou: “que que foi mamãe?’, respondi que havia me
machucado e ela passou a mão no peito e disse: “diculpa mamãe” e voltou a mamar
como que já tivesse resolvido o problema, e claro, já havia resolvido mesmo.
Agora ela é a nossa matraquinha e
minha gente, quando ela resolve matracar, saí debaixo porque não há trégua.
Fala do tipo que seria necessário botãozinho de desligar...rs...mas é até
bonitinho.
Minha tia perguntou a ela de quem
era a bicicleta e ela respondeu que “a biciqueta é do papai e a cadeirinha é
minha”...rs.
Por aqui até mesmo nas brincadeiras temmos percebido que bons hábitos, hábitos de amor que podem mudar a nossa cultura, são sempre bem vindos. Então temos uma slingueirinha e que dá banhos em baldes...rs.
Iara slingando |
Neca tomando banho de balde |
Por falar em falar se alguns pais
não aguentam responder os “por quês” da vida, lá em casa o que reina é a também
sem fim perguntinha interessante “que cê tá fazeeeendo?” não importa muito qual
a resposta que será dada e em sequência vem a pergunta novamente. Num ciclo sem
fim e igualmente intrigante e irritante...rs. Fomos ao supermercado e ela
disparou o “que cê ta fazendo?” e eu respondendo que estava fazendo compras,
respondendo e respondendo até que comecei a me adiantar e dizer compras, antes
do fim da pergunta...ela riu e continuou a brincadeira. Até que perguntei a ela
o que ela estava fazendo e ela me disse: “compas”. Havia um rapaz atrás de nós
prestando atenção na nossa conversa e eu nem havia visto e ele me disse:
“Nossa, tem que ter paciência mesmo né? Mas o que aconteceu com o famoso “por
quê”?” Dei um sorriso como quem queria dizer: Sim, paciência é o lema. E
acrescentei...o “por quê” ficou sofisticado...rs. Todos rimos, inclusive Iara.
Ela é de tudo gaiata e tem o sorriso
mais incrível que já vi (rs), uma gargalhada inconfundível e um jeitinho meigo
que encanta. Mas não se engane, ela também pode ser uma ogrinha.
Garotinha na praia chupando um "colelé" de manga. |
Com uma paixão gigante pelo
papai, ela o deixa por vezes com baba escorrendo até o chão. E ver os dois juntos
é uma coisa linda, o amor transborda por todos os lados e eu tenho a certeza de
que minha família é uma coisa linda.
Coelha linda. |
Esse fim de semana de páscoa, ela
foi a coelhinha mais charmosa que já vi. E como boa coelha capixaba filha de
mãe “radical”...rs., comeu mesmo foi um monte de torta capixaba.
Inclusive chamei-a para jantar
sábado: Vem almoçar menina! E ouvi a seguinte retrucada: “Menina não, é Iara”.
Salve, salve Iarinha cheia de si!
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