segunda-feira, 1 de abril de 2013

A terrível delícia da Iara - Quase dois anos








Dia de praia em família
Estamos chegando aos dois anos de nossa sereia, em menos de um mês ela terá seus “cois” aninhos.

Essa temida fase das birras, pirraças e disputas está batendo forte por aqui. Aliás, essa semana houve teste de paciência para todos os lados. Pai, mãe, tia vó, dinda, todos sendo testados pela boa e velha pirraça. Mas mesmo que as vezes pensemos que vamos perder as estribeiras, o bom e também velho, diálogo tem sido arma para resolver e acalmar os ânimos na nossa casa.

É muito difícil que nós, adultos, possamos nos sujeitar a debater algumas coisas com crianças. É difícil porque não é assim que normalmente é feito nessa nossa cultura.  Há até quem diga que isso não é saudável, mas não estamos falando de se justificar para crianças (mas se isso for necessário, qual mal há?), estamos falando de explicar motivos reais para que algo seja ou não feito. Uma coisa que me incomoda é o “sim, porque sim”, tudo nessa vida tem explicação e achamos por aqui que é salutar não criar nossa filha envolta nas dúvida e na obediência cega. A Iara é uma criança muito esperta, observadora e nos surpreende com sua capacidade de entender alguns diálogos. Que bom que estamos nos propondo a fazê-lo.

Esses dias alguns episódios me deram a prova de que não existe receita e que o diálogo é a base para uma criação respeitosa. Ela, ao voltar para a realidade, pode perceber que ninguém estava querendo lhe impor algo, mas sim conversar sobre sua atitude (jogada no chão, se debatendo e gritando). Por três oportunidades diferentes, ela se acalmou, pediu desculpas e dormiu em seguida. Matando os pais.

Mas todos episódios estavam envolvendo o sono dela. Ela fica insuportável quando não aguenta mais de sono e também não quer dormir. Das duas uma, ou ela procura até achar um motivo para pirraçar, ou ela dá gargalhadas deliciosas de qualquer coisa. Preferimos as gargalhadas, obviamente.

Mas nós também preferimos entender o “Terrible Two” como uma fase que passará e dará lugar a outra, e outra, e outra fase permeada de suas próprias crises e dilemas. Mas com tudo isso vamos exercitando nossa capacidade de ouvir e entender seu jeitinho ainda em miniatura.

Cara porca de Iara
O “Terrible Two” não tem conseguido nos cegar para as delícias dessa idade. Iara está cada dia mais
figurinha e cada dia nos deixa mais de boca aberta com sua vivacidade e lindeza. Sim, nós somos mesmo dois pais babões e não conseguimos passar um dia sequer sem dizer que ela é a coisa mais linda do mundo.

Embora ela esteja em creche desde quando tinha 1 ano e 6 meses, fazemos muita questão de não superestimular a pequena. E vez ou outra somos surpreendidos com alguma novidade que ela nos apresenta. Já questionei a creche e não há nenhuma tentativa de avançar etapas, nada de alfabetização precoce. Então só o que encontramos como explicação são as musiquinhas e programas que ela assiste.

Ela é uma figura interessante, mostra sua personalidade em coisas aparentemente banais. Mas ela não é uma pessoa que fica tentando até conseguir, ela observa e quando tenta fazer é muito provável que consiga. Assim foi com o andar por exemplo, ela não foi criança de levantar e cair...ela quando levantou, andou. Assim é com outras coisas no dia a dia. 

Dia desses ela mamando deu uma cerradinha nos dentes e doeu, falei um ainnn dolorido e ela soltou o peito, me olhou com preocupação e perguntou: “que que foi mamãe?’, respondi que havia me machucado e ela passou a mão no peito e disse: “diculpa mamãe” e voltou a mamar como que já tivesse resolvido o problema, e claro, já havia resolvido mesmo.

Agora ela é a nossa matraquinha e minha gente, quando ela resolve matracar, saí debaixo porque não há trégua. Fala do tipo que seria necessário botãozinho de desligar...rs...mas é até bonitinho.

Minha tia perguntou a ela de quem era a bicicleta e ela respondeu que “a biciqueta é do papai e a cadeirinha é minha”...rs.

Por aqui até mesmo nas brincadeiras temmos percebido que bons hábitos, hábitos de amor que podem mudar a nossa cultura, são sempre bem vindos. Então temos uma slingueirinha e que dá banhos em baldes...rs.
Iara slingando

Neca tomando banho de balde



















Por falar em falar se alguns pais não aguentam responder os “por quês” da vida, lá em casa o que reina é a também sem fim perguntinha interessante “que cê tá fazeeeendo?” não importa muito qual a resposta que será dada e em sequência vem a pergunta novamente. Num ciclo sem fim e igualmente intrigante e irritante...rs. Fomos ao supermercado e ela disparou o “que cê ta fazendo?” e eu respondendo que estava fazendo compras, respondendo e respondendo até que comecei a me adiantar e dizer compras, antes do fim da pergunta...ela riu e continuou a brincadeira. Até que perguntei a ela o que ela estava fazendo e ela me disse: “compas”. Havia um rapaz atrás de nós prestando atenção na nossa conversa e eu nem havia visto e ele me disse: “Nossa, tem que ter paciência mesmo né? Mas o que aconteceu com o famoso “por quê”?” Dei um sorriso como quem queria dizer: Sim, paciência é o lema. E acrescentei...o “por quê” ficou sofisticado...rs. Todos rimos, inclusive Iara. 

Ela é de tudo gaiata e tem o sorriso mais incrível que já vi (rs), uma gargalhada inconfundível e um jeitinho meigo que encanta. Mas não se engane, ela também pode ser uma ogrinha. 
Garotinha na praia chupando um "colelé" de manga.

Com uma paixão gigante pelo papai, ela o deixa por vezes com baba escorrendo até o chão. E ver os dois juntos é uma coisa linda, o amor transborda por todos os lados e eu tenho a certeza de que minha família é uma coisa linda.

Coelha linda.
Esse fim de semana de páscoa, ela foi a coelhinha mais charmosa que já vi. E como boa coelha capixaba filha de mãe “radical”...rs., comeu mesmo foi um monte de torta capixaba. 

Inclusive chamei-a para jantar sábado: Vem almoçar menina! E ouvi a seguinte retrucada: “Menina não, é Iara”. 


Salve, salve Iarinha cheia de si!


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